O número de passaportes de emergência emitidos no Brasil disparou 613% ao longo do mês de julho, quando a confecção dos documentos estava suspensa pela PF (Polícia Federa), e superou a quantidade de documentos produzidos com emergência em todo o primeiro semestre de 2017.
De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo R7, com base na Lei de Acesso à Informação, foram produzidos 3.012 passaportes emergenciais no mês passado, contra 2.464 confeccionados nos mesmos moldes nos primeiros seis meses do ano.
A confecção dos documentos de emergência foi a única realizada pela PF entre os dias 28 de junho e 21 de julho deste ano. na ocasião, o órgão alegou que a decisão foi adotada pela “insuficiência do orçamento destinado às atividades de controle migratório e emissão de documentos de viagem”.
Para reestabelecer a emissão, o Ministério da Justiça enviou um crédito suplementar de R$ 102 milhões para a retomada das atividades.
No primeiro semestre, o maior número de passaportes de emergência foi contabilizado no mês de janeiro (463 documentos). Em fevereiro, março, abril, maio e junho foram confeccionados, respectivamente, 342, 428, 385, 424 e 422 passaportes emergenciais.
O valor pago pelos viajantes pelo passaporte de emergência (R$ 334,42) é 30% maior do que a taxa de R$ 257,25 cobrada pelo documento comum. Os passaportes de emergência têm validade de apenas um ano e podem não ser aceito em alguns países, independentemente do motivo da viagem. Fonte: R7