Turismo do futuro: oito tendências de viagens até 2030

O uso de assistentes virtuais, opção por multidestinos, escapadas espirituais, aumento das viagens de bem-estar, grandes compras através das redes sociais, e gosto pelo inexplorado, estão entre as principais previsões de viagens no relatório WOW! Turismo do Futuro, até 2023.

O KAYAK lançou o seu relatório WTF: WOW! Turismo do Futuro – que revela oito tendências de viagens até 2030. Em parceria com o The Future Laboratory, o Relatório WTF combina uma pesquisa social e cultural, entrevistas com executivos do KAYAK e especialistas externos, insights de pesquisas com 9.100 pessoas em nove países e uma análise aprofundada dos usuários do KAYAK.

Dados do relatório apontam que os viajantes modernos procuram flexibilidade (38%), itinerários personalizados (37%) e valorizam ferramentas de Inteligência Artificial para planeamento (17%). Até 2030, os assistentes virtuais de IA cuidarão dos planos de viagem, oferecendo roteiros adaptados para cada perfil.

Seja para encontrar ofertas de viagem de última hora ou remarcar voos atrasados, os assistentes virtuais farão o trabalho pesado – e os viajantes não terão que mexer um dedo para isso. Os agentes virtuais poderão antecipar as nossas necessidades e planear decisões sem que precisemos pedir. Como verdadeiros assistentes, eles vão nos conhecer a fundo.

Até 2030, os viajantes priorizarão viagens com múltiplas escalas em vez de férias num único destino. A plataforma de pesquisa de viagens indica que para 66% dos entrevistados, as viagens são uma prioridade máxima, sinalizando um desejo crescente de explorar o mundo. À medida que as regulamentações de vistos são flexibilizadas em todo o mundo, os governos e destinos preparam-se para o aumento de viajantes que visitam várias cidades.

Por outro lado, no período da análise, o valor de uma viagem dependerá dos índices de bem-estar que pode promover a uma pessoa. O KAYAK observa um aumento nas viagens de bem-estar, com piscinas como as comodidades de hotéis mais pesquisadas em todo o mundo, seguidas por banheiras de hidromassagem, spas e ginásios. Dos viajantes, 60% priorizam o relaxamento, enquanto 13% enfatizam a saúde. Por isso, os destinos que promovem a longevidade terão um espaço especial na lista de desejo dos viajantes. Até 2030, um em cada seis pessoas terá mais de 60 anos (de acordo com a OMS) e, vivendo mais, o tema de qualidade de vida estará na mente de todos.

Por outro lado, as grandes compras estão a chegar às redes sociais. Desde a busca por um novo destino até a reserva, os viajantes usarão as redes sociais como ferramenta principal. Atualmente, 36% dos viajantes encontram inspiração para viagens no feed, uma tendência que deverá crescer ainda mais até 2030. O KAYAK prevê que as redes sociais deixarão de ser apenas inspiração para se tornarem um canal completo de compras de viagens, fazendo sentido que influenciadores, marcas e plataformas deixem de só divulgar viagens para começar a vendê-las.

Ao longo dos próximos cinco anos, as viagens contarão com concierges holográficos e reembolsos automáticos de passagens aéreas. Os turistas esperam tours virtuais em realidade aumentada dos quartos de hotel (35%) e quase 10% dos viajantes esperam por entretenimento com realidade aumentada durante o voo para uma experiência imersiva. Assim, o futuro das viagens deverá superar as expectativas com tecnologias inovadoras, e não será necessário comprar novos dispositivos ou aparelhos para cruzar dimensões, já que os nossos telemóveis e os óculos de óculos de realidade virtual vão aproximar-nos de viagens virtuais o tempo todo.

Mas há mais. A mudança para destinos inexplorados desafiará a popularidade dos pontos turísticos mais famosos atualmente. As preocupações com o excesso de turismo e a pegada de carbono (14%) influenciarão futuras decisões de viagem. A busca por experiências inéditas, para cidades até então consideradas secundárias, passará de viajantes aventureiros para turistas conscientes, tornando-se uma prioridade para eles, motivados acima de tudo pela experiência.

De retiros silenciosos a investigações genealógicas, as viagens espirituais terão o seu momento até 2030, com cada vez mais viajantes a querer combinar a exploração de um destino com a descoberta do seu eu interior para crescer e se curar.

Finalmente, antecipa o estudo, os programas de fidelização terão de adaptar-se. No futuro, a única coisa que os viajantes aceitarão será a melhor oferta, mesmo que isso signifique usar novas companhias. Para reconquistar clientes, as companhias aéreas vão literalmente entrar no jogo. Usando os NFTs e competições, até mesmo as interações mais simples renderão pontos aos viajantes, mesmo que eles não reservem voos.

29% dos viajantes desejam recompensas de fidelidade personalizadas, como receber reembolsos quando os preços das passagens aéreas caem (32%). Com 72% a prever preços de viagens mais elevados no futuro, os viajantes darão prioridade à economia e mudarão de marca em busca de melhores ofertas. Atrasar uma viagem totalmente reservada para economizar algum dinheiro parece absurdo hoje, mas pode ser algo comum em 2030. Fonte: publituris.pt

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