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Com destaque para a gastronomia regional, prossegue até sábado (dia 5) o Primeiro Festival Gastronômico Samba & Sabores, no município de Cachoeira, a 109 quilômetros de Salvador, no Recôncavo Baiano.
Com a expectativa de atrair cerca de 5 mil visitantes em dez dias, de acordo com a Secretaria do Turismo de Cachoeira, o festival traz em sua primeira edição uma programação variada e iguarias de dar água na boca. Entre os que participam, estão alunos de faculdades de gastronomia, atraídos pelos cursos, workshops e debates, animados pelo “sarau de panela” nos restaurantes e o samba de roda nas ruas.
Iniciado no último dia 27, o festival conta com 24 participantes, entre restaurantes, lanchonetes e bares, que apresentam um prato especial à base de pescado e elementos da agricultura familiar, com preços variando entre R$ 5 e R$ 85, além de petiscos, lanches, bebidas e sobremesas.
Como parte da programação, de quinta-feira (3/11), a sábado (5/11), serão ministradas nove aulas-show, com chefs convidados, que, dentre outros, abordarão temas como Sabores de Cachoeira, do Recôncavo e da Bahia. Já os workshops trazem informações sobre vinhos, cachaças e licores. Para quem optar em participar dos talk-shows, as conversas serão sobre Feira Livre, Tabuleiro da Baiana e Plantas Alimentícias Não Convencionais.
A expectativa do Conselho Municipal de Turismo de Cachoeira, (Comtur), segundo o presidente Daniel Santana, é que o faturamento dos hotéis, restaurantes, e o comércio de modo geral, duplique. Daniel, que também é sócio-proprietário da Pousada e Restaurante Pai Thomaz, diz, animado, que a pousada está com 80% dos 34 leitos ocupados e que o movimento do restaurante dobrou desde o lançamento do festival.
“A histórica Cachoeira tem uma tradição gastronômica já consolidada com a maniçoba (prato feito à base de folha de mandioca, com carne bovina e suína), a pititinga e o licor, acrescida pelas moquecas variadas”, destaca Santana, acrescentando que o bolinho de maniçoba servido no restaurante agradou em cheio ao paladar dos visitantes. “Já vendemos mais de mil bolinhos”, frisa. “Desejamos que o evento se torne mais um forte atrativo para a cidade e para o turismo regional”, reforça.
É o que também deseja Roberto Roque, do Restaurante do Porto, que tem a expectativa de vender, até o fim da festa, mais de 200 quilos de maniçoba e 500 litros de licor – especialmente o de jenipapo (o mais solicitado, seguido por jabuticaba). “Trabalhamos muito para atrair os visitantes, prestando um bom atendimento e usando produtos de qualidade”, destaca, acrescentando que, além da maniçoba, as moquecas de camarão, de sururu e a mariscada são muito solicitadas. “Cachoeira é uma cidade ímpar, pois, além de ser um polo cultural, tem sabido desenvolver o seu potencial turístico com grandes eventos, como o São João, a Flica e a Festa D’Ajuda”, concluiu.
Repórteres: Helo Sampaio e Marilena Necco