A oferta de cruzeiros pela costa brasileira, que havia encolhido no ano passado, terá reforço nesta temporada, que vai de novembro a abril.
O número de navios que virão para o país será o mesmo: sete. Mas eles ficarão por aqui por mais tempo e farão mais viagens curtas (o que significa mais saídas, e portanto, mais passageiros embarcados). Além disso, um dos transatlânticos deu lugar a outro maior, de uma empresa diferente.
Assim, o número de leitos ofertados nos cruzeiros deve subir de 383 mil para 431 mil, um salto de 12,5%, segundo dados da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil) e da Fundação Getulio Vargas (FGV).
No auge do setor, em 2010, o Brasil chegou a receber 20 navios e transportar mais de 800 mil passageiros. O número de barcos caiu pela metade em 2015 e, no ano passado, baixou para sete com o fechamento do escritório da Royal Caribbean no país e a saída de seus três exemplares daqui.
Contribuíram para a debandada dos últimos anos a crise econômica e a maior atratividade de outros destinos, como Cuba e a China, Marco Ferraz, presidente da Clia. Também pesaram contra o Brasil a substituição das embarcações por modelos maiores (que enfrentam problemas para atracar), os altos custos operacionais do país e o sistema de impostos complexo.
“Na temporada 2010/2011, o Brasil estava no ápice do poder econômico, o consumo estava em alta, a classe média crescendo. Em 2012 veio a crise, mas esse ciclo está perto de terminar”, avalia Ferraz.
Das embarcações que virão para o país desta vez, três são da MSC (uma a mais que no ano passado), duas da Costa e uma da Pullmantur. Já o navio da Norwegian que esteve aqui na última temporada não volta agora.
A conta da Clia inclui ainda na estação 2017/2018 um quarto transatlântico da MSC que parte de Buenos Aires, na Argentina, e passa pelo Brasil. Apesar de só embarcar estrangeiros e não se enquadrar no sistema de cabotagem (de navegação entre portos brasileiros), ele permanece nas águas do país por mais de 30 dias e, portanto, precisa cumprir as regras para operar no Brasil. Fonte: G1.