Por Marcos Martins
Durante a temporada que teve início em novembro de 2016 e terminou em abril deste ano, os cruzeiros marítimos movimentaram R$ 1,6 bilhão na economia brasileira, uma queda de 15,9% em comparação ao período de 2015/2016.
As informações são do Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil, realizado pela Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O número inclui os gastos diretos e indiretos das companhias marítimas e também os gastos de cruzeiristas e tripulantes. Desse total, R$ 752 milhões foram gerados pelos gastos das armadoras com combustíveis, taxas portuárias e impostos, compras de suprimentos, comissionamento de agências de viagens e operadoras de Turismo, água e lixo, salários pagos, além de custos com Marketing, escritório, entre outros.
Os gastos totais de cruzeiristas e tripulantes nas cidades e portos de embarque-desembarque e trânsito, que incluem compras de passeios turísticos, suvenires, alimentos e bebidas e transporte durante, antes e/ou depois da viagem, foram de R$ 855 milhões.
O número de embarques na temporada foi de 358 mil cruzeiristas, 35,2% menor que o período 2015/2016. Essa diminuição se deve ao momento desfavorável da economia brasileira e à consequente redução de participação do mercado doméstico neste segmento.
O levantamento mostra que o turista gastou, em média, R$ 2,1 mil com a compra de um cruzeiro marítimo, e o tempo médio da viagem foi de seis dias. Além disso, o estudo aponta que cada viajante gastou, em média, R$ 559,80 nas cidades de escala.
Foram gerados 25,2 mil postos de trabalho na economia brasileira, sendo 1.935 foram de tripulantes dos navios e outros 23,3 mil empregos diversos, de forma direta, indireta e induzida, motivados pelos gastos dos turistas nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, além dos gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor.
DESTINOS
Cerca de 86,2% dos entrevistados deseja realizar uma nova viagem de cruzeiro, e quando questionados sobre o destino de preferência no País, 58,1% deles informaram o Litoral Nordeste, seguido pela Costa Sul, com 16% da procura. Em relação ao exterior, 37,7% dos cruzeiristas definiram o Caribe como preferência de viagem (seguido da Europa), com 36,4%.
PERFIL
Os resultados da pesquisa destacam que a indicação de amigos e parentes (28,8%) e os preços baixos (12,1%) foram os principais fatores de influência na decisão de fazer uma viagem de cruzeiro. Quanto à frequência, 51,7% das pessoas realizaram a primeira viagem de navio, enquanto os 48,3% restantes já haviam viajado, três vezes em média, de cruzeiro.
Desse público, 90,9% reside no Brasil, sendo a maioria do Estado de São Paulo (54,9%), seguido pelo Rio de Janeiro (16%) e Minas Gerais (6,3%). Entre os estrangeiros, destaca-se a Argentina (9,1%), com 55% dos pesquisados. Fonte: Panrotas.