Os cruzeiros marítimos movimentaram R$ 1,6 bilhão na temporada que teve início em novembro de 2016 e terminou em abril de 2017 no Brasil. O dado é do Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil, realizado pela Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas), divulgado na Abav Expo.
Do total movimentado na temporada, R$ 752 milhões foram gerados pelos gastos das armadoras com combustíveis, taxas portuárias e impostos, compras de suprimentos, comissionamento de agências de viagens e operadoras de turismo, água e lixo, salários pagos, além de custos com marketing e escritórios, entre outros
Os gastos totais de cruzeiristas e tripulantes nas cidades e portos e trânsito, que incluem compras de passeios turísticos, suvenires, alimentos e bebidas e transporte antes, durante e depois da viagem foram de R$ 855 milhões.
O número de embarques na temporada foi 358 mil, 35,2% menor do que na temporada anterior. A diminuição se deve ao momento desfavorável que a economia brasileira enfrenta e à consequente redução de participação do mercado doméstico neste segmento. Ainda assim, os impactos na economia e na geração de empregos beneficiaram destinos turísticos, operadoras e agências de viagem.
O levantamento mostra que o turista gastou, em média, R$ 2.100 com a compra de um cruzeiro marítimo, e o tempo médio da viagem foi de seis dias. Além disso, o estudo mostra que cada viajante gastou, em média, R$ 559,80 nas cidades de escala.
Mais de 25 mil empregos gerados
Na temporada 2016/2017 foram gerados 25.279 postos de trabalho no Brasil. Do total de empregos criados pelo segmento, 1.935 foram de tripulantes dos navios e outros 23.344 empregos diversos, de forma direta, indireta e induzida, motivados pelos gastos dos turistas nas cidades visitadas, além dos gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor.
86,2% dos pesquisados deseja realizar uma nova viagem de cruzeiro, com preferência maior (58,1%) pelo litoral do Nordeste entre os destinos nacionais, seguido da costa Sul, com 16% da procura. No exterior, 37,7% dos cruzeiristas indicaram o Caribe como preferência de viagem, seguido da Europa, com 36,4%.
Perfil do viajante
O segmento de cruzeiros é bem específico no que diz respeito aos hábitos de viagem dos cruzeiristas. Os resultados da pesquisa destacam que a indicação de amigos e parentes (28,8%) e os preços baixos (12,1%) foram os principais fatores de influência na decisão de fazer uma viagem de cruzeiro.
Quanto à frequência, 51,7% dos cruzeiristas realizavam sua primeira viagem de navio, enquanto que 48,3% já haviam viajado de cruzeiro (três vezes, em média).
90,9% dos pesquisados residem no Brasil, sendo a maioria procedente do estado de São Paulo (54,9%), seguido de Rio de Janeiro (16%) e de Minas Gerais (6,3%). Dentre os estrangeiros (9,1%), destaca-se a Argentina, com 55% dos pesquisados. Fonte: Brasilturis.