Enfrentando uma massiva greve de pilotos na Colômbia – que a companhia considera ilegal – a Avianca Holdings colocou em prática uma operação de contenção de danos que altera diversas operações da aérea, inclusive no Brasil.
Segundo a companhia colombiana, desde o dia 20 até o dia 24, foi necessário o cancelamento de 1.088 voos, 49% das operações previstas para o período. Foram afetados diretamente 97,7 mil passageiros, enquanto outros 12,8 mil tiveram de ser reacomodados em voos de outras aéreas. Isso é o que ocorre, inclusive, no Brasil.
Enquanto o voo de São Paulo a Lima da Avianca Holdings não sofreu alteração, a rota São Paulo-Bogotá foi suspensa temporariamente e transferida à parceira Avianca Brasil. Assim, os voos AV85 e AV86 serão substituídos, respectivamente, pelos O6-8535 e O6-8534, com os mesmos horários de partida e chegada. Com a mudança, não será possível realizar o web check-in para esses voos.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
A Avianca anunciou aida outras medidas envolvendo os voos afetados pela greve. Alterações de data poderão ser feitas sem custo adicional e via call center, enquanto aqueles que desejarem cancelar suas viagens receberão completo. Já os voos adquiridos via agências de viagens devem ser administrados pelas próprias empresas junto a seus clientes.
Além disso, nos aeroportos com voos afetados pela paralisação, a Avianca afirma ter equipe preparada para reacomodar passageiros em voos de outras companhias, ou para reembolsar os que não forem mais voar. Segundo a aérea, os turnos foram reforçados nos pontos de atendimento, contando com mais de 200 colaboradores.
GREVE
A greve dos pilotos colombianos associados pela Associação Colombiana de Aviadores Civis (ACDAC) é considerada ilegal pela Avianca Holdings, que já registrou ação contra o movimento no Tribunal Superior do Distrito Judicial de Bogotá. O protesto se fundamenta na lei colombiana que estabelece o transporte aéreo como serviço público essencial, o que tornaria a greve um ato de “incumprimento que dá predominância do interesse do interesse particular sobre o interesse geral”, diz a empresa.
A aérea ainda afirma haver “vícios de procedimento” na convocatória da ACDAC, que não teria informado abertamente, no chamamento à assembleia da categoria, que a votação trataria de uma greve, e ainda teria firmado a decisão com um quórum minoritário de trabalhadores presentes.
“Como o país viu nesses dias, a operação aérea é essencial e necessária para a Colômbia, e a interrupção da mesma, ainda que de forma parcial, afeta gravemente a conectividade e operação logística e econômica das regiões. Na Avianca, esperamos que esse processo de ilegalidade seja priorizado e resolvido com a maior brevidade, para permitir o restabelecimento do serviço a nossos passageiros”, comentou o presidente executivo da aérea, Hernán Rincón. Fonte: Panrotas