A Organização Mundial do Turismo (OMT) perspectiva que o crescimento do turismo mundial acelere de 3,9% no ano passado para 6,6% este ano, quando em Janeiro apontava para um aumento em 3% a 4%, com a recuperação dos mercados emissores da Rússia e do Brasil a contarem-se entre os ‘motores’ dessa aceleração e a Europa do Sul, onde se inclui Portugal, entre os destinos mais beneficiados.
Uma informação divulgada pela agência das Nações Unidas para o Turismo indica que nos primeiros oito meses deste ano registaram-se 901 milhões de chegadas de turistas internacionais, com o total recorde de 300 milhões para os meses de Julho e Agosto, ‘pico’ de férias de Verão no Hemisfério Norte.
Estes resultados, diz a OMT, reflectem “o crescimento sustentável em muitos destinos com a recuperação dos que sofriam desafios de segurança nos anos recentes”.
Informação complementar divulgada pela OMT aponta para que a Europa, região líder em turismo, com quase metade (49,9%) das chegadas de turistas internacionais em 2016, tenha sido o principal ‘motor’ da aceleração do crescimento este ano, ao apresentar um aumento nos primeiros oito meses deste ano em 8,2%, ou seja, 1,6 pontos mais forte que a média mundial.
E a ‘chave’ para esse desempenho do continente europeu está na Europa do Sul e Mediterrânica, que é, a região europeia que mais turistas recebe (230,2 milhões em 2016, o que significa 37,1% do total da Europa e 18,5% do total mundial), que, com um aumento das chegadas em 12,3%, teve o crescimento mais forte destes primeiros oito meses do ano a nível europeu e o segundo mais forte a nível mundial, aquém apenas dos +14,9% no Norte de África.
E se a Europa está a liderar em chegadas, em relação aos mercados emissores, a informação da OMT realça a recuperação da Rússia, com um aumento em 27%, e do Brasil, com +35%, “depois de alguns anos de decréscimo das despesas no estrangeiro”.
A OMT indica que entre os top emissores mundiais, os que tiveram os aumentos mais fortes de gastos no estrangeiro foram a China, com +19%, e a República da Coreia, com +12%, seguidas pelos Estados Unidos, com +8%, e Canadá, com +7%. Os gastos de residentes na Alemanha, Reino Unido, Austrália, Itália e Hong Kong aumentaram entre 3% e 5%, “enquanto França reportou um modesto 1% de aumento”.
Os países com maiores gastos turísticos no estrangeiro por parte dos seus residentes foram a China, com 249,8 mil milhões de dólares, os Estados Unidos, com 114,7 mil milhões, a Alemanha, com 77,5 mil milhões, o Reino Unido, com 63,3 mil milhões, França, com 39,3 mil milhões, Canadá, com 30,1 mil milhões, Coreia, com 25,3 mil milhões, Itália, com 24,4 mil milhões, Austrália, com 23,8 mil milhões, e Hong Kong, com 23,1 mil milhões. A Rússia, 6º emissor em 2015, caiu para 11º em 2016.
Em número de residentes a viajarem, a OMT indicou 135,1 milhões da China, 70,8 milhões do Reino Unido, 53 milhões do Canadá, 22,4 milhões da Coreia, 62,6 milhões de Itália, 9,9 milhões da Austrália e 91,8 milhões de Hong Kong.
Considerando apenas turistas, ou seja, viajantes que dormem pelo menos uma noite no destino, para 2016 a OMT ainda só divulgou os dados para o Reino Unido (69,4 milhões), Canadá (31,3 milhões), Itália (28,7 milhões) e Austrália (9,9 milhões). Fonte: Presstur