No próximo mês de março as mudanças implementadas no que tange à cobertura do seguro viagem completam dois anos, contudo, ainda são muitas as dúvidas dos turistas em relação a este produto. Como consequência, surgem problemas quando existe a necessidade de utilização do serviço contratado. Em 2017, até o mês de novembro, a Susep, órgão supervisor e regulador do setor de seguros, segmentos de Seguros Gerais, Previdência Aberta Complementar e Capitalização, registrou 205 reclamações sobre o tema.
José Carlos de Menezes, diretor geral do Affinity, um dos principais players do mercado, alerta para alguns tópicos que devem ser levados em consideração na hora do viajante escolher o melhor plano. “Avalie qual o tipo de cobertura você precisa. Vale a pena pesquisar o valor dos serviços médicos no país de destino para ter uma ideia. Além disso, observe não só as coberturas principais, veja nas entrelinhas”, ressalta Menezes.
De acordo com ele, as vantagens ofertadas podem auxiliar em caso de cancelamento de viagem, assistência jurídica, extravio e atraso de bagagem, medicamentos, assistência odontológica, repatriação, extensão de internação hospitalar e de diárias em hotéis, passagem de ida e volta para um familiar, por exemplo.
“Vale lembrar que alguns países exigem que os turistas contratem um seguro para a viagem. A maior parte deles fica na Europa e é signatária do Tratado de Schengen, que exige que o turista tenha um seguro viagem com cobertura mínima de 30 mil euros”, salienta o executivo. O Tratado citado inclui países como: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Irlanda, Islândia, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Suécia e Suíça.
Para finalizar, José Carlos de Menezes orienta o turista a conversar amplamente com o seu agente de viagem ou corretor antes de fechar o seguro. “Comunicação é a chave para que não exista nenhum mal entendido depois. Fale se pretende praticar algum esporte que possa trazer risco, por exemplo, diga qual será seu roteiro, repasse cada detalhe. Um bom diálogo vai resultar na contratação ideal e uma viagem tranquila, sem qualquer dor de cabeça”.
Principais reclamações sobre seguro viagem em 2017
Tipo de Reclamações | Número de Reclamações | Percentual de Reclamações |
Atraso no pagamento da indenização | 76 | 31,07% |
Negativa de indenização | 41 | 20% |
Divergência do valor da indenização | 7 | 3,41% |
Outros | 81 | 39,51% |
Total | 205 | 100% |
Fonte: Sistema de Reclamações da Susep 01/01/2017 a 30/11/2017
conteúdo original: brasilturis.com.br