Macau promove aproximação entre regiões da Grade Baía e países lusófonos

 

O chefe do executivo de Macau (foto) salientou num balanço da sua visita às regiões da Grande Baía que pretende reforçar a ideia de que Macau pode apoiar essas regiões na promoção de produtos e outros projetos junto dos países de língua portuguesa.

Chui Sai On, de acordo com um comunicado pelas autoridades de Macau, citado pela Agência Lusa, fez ontem um balanço das suas visitas às regiões integradas do projecto chinês da Grande Baía e assegurou que Macau vai dedicar todos os esforços com vista à conclusão deste projecto.

O governante encontrava-se ontem na cidade de Huizhou, deslocando-se hoje a Dongguan, onde finaliza a visita às nove cidades integradas na Grande Baía.

Durante estas visitas, Chui Sai On procurou sempre focar-se num ponto principal: reforçar a ideia de que Macau pode apoiar as regiões da Grande Baía na promoção de produtos e outros projetos junto dos países de língua portuguesa, devido à proximidade cultural que tem com os países lusófonos.

Macau ambiciona ser uma plataforma importante entre o interior da China e os países de língua portuguesa, com ainda mais preponderância após a transferência da sede do Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa para Macau.

Pequim estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003.

Para além do estreitar de relações entre as regiões da Grande Baía e os países lusófonos, Macau pretende intensificar outros laços com estas regiões chinesas em matérias como o comércio de mercadorias e de serviços, facilidades nas alfândegas e comércio eletrónico transfronteiriço e intensificar a promoção da indústria da medicina chinesa para o mundo.

Esta segunda-feira, Macau e Zhaoqing defenderam a aposta, em conjunto, em indústrias verdes e de baixo carbono com vista a uma “Baía Verde”.

Em Zhuhai, cidade vizinha de Macau, a ambição é reforçar a cooperação policial devido aos novos desafios resultantes da construção da área da Grande Baía, com a qual se espera um aumento do fluxo de pessoas.

Em Shenzhen, o chefe do Governo de Macau enalteceu o reforço da cooperação entre o território e aquela que é uma das maiores e mais desenvolvidas cidades da China, em áreas como turismo e finanças.

Durante a visita de uma delegação de Macau a Cantão, no dia 21 de Junho, Chui Sai On deslocou-se a uma empresa de tecnologia que desenvolve ‘software’ na área da inteligência artificial e que, segundo as autoridades de Macau, fabrica sistemas de reconhecimento facial com uma precisão de 94%.

Nesta ocasião, a delegação de Macau demonstrou particular interesse no sistema de tradução feito por esta empresa, especialmente na tradução entre o cantonense e o português.

Além de Guangdong, Hong Kong e Macau, a região da Grande Baía abrange nove localidades: Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing.

Esta região de nove cidades e duas regiões administrativas especiais conta com mais de 110 milhões de habitantes.

No início de Junho, o Governo de Macau divulgou uma nota onde explicou a gestão dos fundos investidos no projecto da construção da Grande Baía.

A região vai desembolsar 20 mil milhões de renmimbi (cerca de 2,5 mil milhões de euros), para este projecto, durante 12 anos, e vai ter um retorno anual de 3,5%.

Fonte: PressTUR com Agência Lusa

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