O trabalho do órgão funciona por meio de uma pesquisa por destinos em potencial que podem desempenhar um papel de protagonismo. É um projeto que pode levar até dez anos para ser concretizado, mas traz resultados significativos, atesta.
É feito todo um trabalho de exploração do território, eventualmente podem ser feitas desapropriações em áreas residenciais – os pagamentos são destinados às pessoas em questão. O Fonatur tem explorado, desde então, destinos de praia e sol, sendo Cancun o seu caso de sucesso. E estudada, porém, a inclusão de lugares arqueológicos nesse plano.
O interesse por parte do governo brasileiro não é por menos. O fundo tem sido responsável pelo desenvolvimento, por meio da parceria entre entidades públicas e privadas, de oito destinos, sendo eles: Loreto, Los Cabos, Ixtapa, Huatulco, Playa Espíritu, Marina Cozumel, Nayarit e a badalada Cancun.
“Pela primeira vez apresentamos o modelo do nosso projeto ao governo brasileiro”, afirmou o subdiretor de Políticas Estratégicas e Vinculação Interinstitucional do Fonatur, José Luis Ayoub Pérez. “Fizemos a apresentação ao ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, e ele se mostrou bastante receptivo com a ideia de aplicar o mesmo modelo no País”, revelou.
Na ocasião, entretanto, não houve nenhum representante do Ministério do Turismo ou da Embratur para avaliar como o projeto seria implementado por aqui.
INTERESSE DECLARADO
Ontem (6), durante o primeiro dia do Industry Showcase & Tabletop Networking, do Sindepat, o ministro ressaltou o interesse de aplicar o case de sucesso. “Podemos usar a receita mexicana, que já está pronta, no Brasil. Para esse desenvolvimento,é aplicado uma legislação diferenciada, com uma arrecadação de impostos e arrecadação de recursos que fomente o Turismo”, destacou Lummertz.
Ainda durante o evento, o ministro revelou que o apoio para a aplicação do modelo deverá ganhar respaldo com a nova medida que será votada hoje no Congresso Nacional. Segundo ele, se for aprovada, permitirá o respaldo federal nas chamadas Áreas Especiais de Interesse Turístico (AEIT). Entre os interesses declarados, Lummertz já demonstrou apoio ao projeto de tornar Penha (SC), a “Orlando brasileira”. *Fonte: Panrotas