Por Lício Ferreira
“Quando setembro de 2019 chegar a primeira capital do País vai ganhar o seu Centro de Convenções, e Salvador começará a recuperar o seu posto de terceiro destino mais procurado do Brasil”. Essas palavras são do secretário municipal de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco que, anuncia para esta quinta-feira, às 9h30, no antigo Aeroclube, a assinatura da ordem de serviço da construção do novo equipamento pelo prefeito ACM Neto. Com a assinatura, a gestão municipal espera entregar o empreendimento em 12 meses.
Farol da Barra, ponto turístico da capital baiana que cresce na preferência nacional como destino. Foto: Divulgação.
“Imediatamente ao evento, as máquinas começarão os trabalhos e a nossa expectativa é retomar os esforços para alavancar novas atrações nacionais e internacionais de grande porte e aumentar o fluxo do turismo em nossa cidade, estimulando diretamente toda a cadeia econômica interligada”, antecipa Claudio Tinoco. Por sua vez, a prefeitura deverá realizar rodadas de apresentação do projeto em Salvador e São Paulo, para lançar até novembro o edital de concessão e contratar a empresa, que administrará o espaço por 35 anos, até março vindouro. A construção do novo Centro de Convenções de Salvador (CCS) será de responsabilidade das construtoras Axxo e Andrade Mendonça.
PROJETO
Com uma área total de 103 mil metros quadrados, o Centro de Convenções de Salvador terá capacidade para receber 14 mil pessoas, simultaneamente, em congressos e convenções. Já a área total construída é de 34 mil metros quadrados.
Haverá duas áreas para shows, uma externa, de frente para o mar, e outra interna, cada uma com capacidade para 20 mil pessoas. Contará ainda com oito auditórios moduláveis de 800 metros quadrados.
O novo centro terá também 28 salas de reuniões que se tornarão camarotes tanto para os shows externos quanto internos, quando houver necessidade. Haverá estacionamento com 1480 vagas para veículos, táxis e ônibus.
O equipamento terá três pavimentos. No térreo estarão os auditórios e a praça de eventos, além de dois foyers, cada um com mil metros quadrados. Os acessos de veículos se darão a 2,5 metros abaixo do nível da Av. Octávio Mangabeira.
Uma escadaria e rampas levarão os pedestres ao nível do mezanino de 2,5 mil metros quadrados. No terceiro andar, serão erguidos dois restaurantes de 423 metros quadrados cada, com vista para o mar. Todo o material utilizado na construção será anti-salitre para evitar a corrosão de materiais.
ESTRUTURA
Toda a estrutura do prédio será de concreto, sem nenhuma estrutura de aço aparente, para evitar os efeitos do salitre, além de um vidro autolimpante que pode ficar sem manutenção por até um ano.
Em formato de pomba, em homenagem à bandeira da cidade, o centro vai ter duas fachadas: uma de frente para o mar e a outra para a Avenida Octávio Mangabeira. Além disso, ele vai ser interligado com o Parque dos Ventos, cuja construção está em fase final.
O novo centro de convenções contará ainda com oito auditórios de 1.000m², 16 salões de 400m² e 30 salas de reuniões. Já o estacionamento será em área aberta, comportando mais de mil veículos.
A capital baiana está sem um Centro de Convenções há mais de dois anos, desde que o espaço sob gestão estadual, localizado no bairro do Stiep, foi interditado, em 2015. Um projeto do governo estadual ainda prevê que um outro centro seja construído na área do Parque de Exposições.
INVESTIMENTO
O trade turístico aposta que, no antigo Aeroclube, será construído um dos mais modernos centros de convenções do País. “Com isso, Salvador voltará a fazer parte do calendário de congressos, feiras, shows e outros grandes eventos do Brasil e do mundo. Bom para a cidade. Bom para o turismo. Bom para gerar mais emprego e renda”, finaliza Claudio Tinoco.
De acordo com a Prefeitura, o investimento previsto no Centro de Convenções de Salvador é de R$ 93 milhões na construção. Além desse montante, a empresa que vai operar o espaço entrará com outros R$ 30 milhões para serem investidos em equipamentos.”É o que vai ajudar a equacionar os investimentos. A gente vai ter uma gestão inteiramente privada. Não há a menor hipótese de a Prefeitura administrar isso”, explicou o prefeito em recente entrevista coletiva. Fonte: Tribuna da Bahia.