Eleita a melhor companhia de baixo custo do mundo pelo Skytrax em julho deste ano, a empresa tem um desejo antigo de voar ao País. De acordo com o superintendente de Acompanhamento de Serviços Aéreos da Anac, Ricardo Catanant, a possibilidade foi manifestada pela companhia malaia durante a 10ª edição do Evento de Negociação de Serviços Aéreos (Ican), em dezembro de 2017.
Para que seja concretizado em operações aéreas, há uma condição: a aprovação da abertura do capital das companhias ao mercado estrangeiro, algo em discussão nos últimos anos e com votações constantemente adiadas no Congresso.
“Foi só comentarmos que o governo brasileiro vinha se movimentando neste sentido, de abrir o capital das companhias aéreas para o capital estrangeiro, que a maior low cost da Ásia manifestou interesse em atuar no mercado brasileiro”, explicou o executivo da Anac.
“Um mercado aberto, que retire essa barreira para entrada de novas empresas e investidores, pode promover grandes mudanças em um espaço curto de tempo, com maior competitividade e opções de voos em nível nacional”, argumentou ainda Catanant.
VOOS DOMÉSTICOS?
Embora detalhes não tenham sido revelados, principalmente por ainda se tratar de apenas uma sondagem, a atuação levanta a possibilidade de que o interesse seja para atuar no mesmo modelo que a Air Asia atua em outros países asiáticos: subsidiárias – Air Asia India, Thai Air Asia X, Air Asia Indonesia são alguns exemplos. Isso permitiria ainda que a aérea asiática realizasse voos domésticos de baixo custo, já que estaria sediada no Brasil.
Trata-se de algo parecido com o que a Norwegain Air quer fazer: caso o País aprove a abertura das companhias aéreas ao capital estrangeiro, a diretora de Comunicação e Relações Públicas da transportadora, Charlotte Holmbergh Jacobsson, já adiantou que a empresa também considera abrir uma filial brasileira.