O Banco de Portugal indicou hoje que contabilizou 2.011,34 milhões de euros de gastos de turistas residentes no estrangeiro durante o mês de Julho, fixando assim um novo recorde mensal de receitas turísticas, apesar de a informação do INE sobre a presença de estrangeiros indicar quebra ligeira.
Com base na informação do banco central, o PressTUR verificou que nunca num mês de Julho as receitas turísticas portuguesas tinham passado a marca dos 2.000 milhões de euros e que foi batido por sete milhões o anterior recorde mensal, atingido em Agosto de 2017, que foi a primeira vez que Portugal teve mais de 2.000 milhões de euros de receitas turísticas num mês.
Relativamente a Julho de 2017, os dados do Banco de Portugal indicam um aumento em 9,5% ou 175,02 milhões de euros, que contrasta com o ‘retrato’ de queda do turismo internacional em Portugal, evidenciado por uma queda do número de turistas estrangeiros na hotelaria em 2,8% e uma queda ainda mais forte das suas dormidas (4,5%), refletindo também um decréscimo da estada média (-1,8%), segundo o INE.
Os dados do Banco de Portugal mostram que o aumento das receitas turísticas em Julho, em 9,5%, comporta um abrandamento do crescimento face ao aumento médio em 13,9% ocorrido no primeiro semestre e à subida em 13,6% no mês de Junho, mas na realidade dificilmente o sector atinge taxas de crescimento nos meses de ‘pico’ ao nível dos meses de estação baixa, desde logo porque já atinge taxas de ocupação mais elevadas.
Desta forma, depois de Julho o crescimento médio das receitas turísticas nos primeiros sete meses deste ano abrandou para 12,9%, mas ainda assim atinge 35,5% quando se compara com os primeiros sete meses de 2016 e 48,2% quando a comparação é com 2015.
Fonte PressTURr; Foto: RTA