Milhares de turistas estrangeiros desembarcam no Brasil, todos os anos, para realizar tratamento ou procedimento médico, atraídos pela combinação entre baixo custo e excelência em determinadas especialidades. Com preços econômicos (25% a menos que nos Estados Unidos, em média), o Brasil ingressou no mapa do turismo médico mundial, e a Bahia quer ampliar a sua fatia nesse mercado.
O assunto foi discutido, nesta sexta-feira (28), entre o secretário estadual do Turismo, José Alves; o subsecretário Benedito Braga; a superintendente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia, Maísa Domenech, e a vice-presidente da Associação Mundial do Turismo de Saúde, Danielle Nogueira, durante encontro na Abav Expo Internacional de Turismo, em São Paulo.
Segundo o Visa and Oxford Economics, o turismo de saúde movimenta US$ 439 bilhões/ano, com perspectiva de 25% de crescimento para a próxima década. Estima-se que 3% da população mundial viajará, internacionalmente, para cuidados de saúde e tratamentos médicos. “É importante que o trade baiano se prepare para conquistar espaço neste mercado”, afirmou o secretário José Alves.
A Bahia oferece qualidade, tecnologia, custos competitivos em algumas áreas, especialidades técnicas e hospitais que possuem acreditações nacional e internacional. “Vamos articular setores público e privado para avançar neste segmento”, acrescentou o secretário.
Entre os procedimentos mais procurados por esses turistas – que gastam em média entre 3,5 mil e 5 mil dólares por visita – estão cirurgias plásticas, cardiológicas, oftalmológicas e de redução do estômago. Além disso, também há demanda por tratamentos nas áreas de oncologia, cardiologia e de reprodução assistida; check-ups e tratamentos variados. Nova reunião para alinhamento de ações será realizada na sede da Setur, em Salvador, no próximo mês.