Isso pode gerar a reflexão de que o PIB talvez seja uma medida incompleta para o Turismo, de acordo com post publicado pelo autor Jeremy Smith no blog da WTM, considerando que a maioria das medidas qualitativas que definem uma boa viagem não são consideradas. Tentar definir a importância do Turismo destacando sua contribuição para o PIB é perder muitos detalhes importantes que não levam em conta o bem-estar dos turistas e das sociedades.
Em segundo lugar, e muito antes de o overtourism chegar às manchetes, o Butão estabeleceu rigorosos controles ao impor uma taxa de US$ 250 por dia às chegadas internacionais na alta temporada. Como um artigo recente na Phys.org deixa claro, os controles ajudaram a “manter à distância o tipo de boom que devastou outros lugares turísticos”.
Em terceiro lugar, e menos conhecida do que as duas medidas anteriores, é que quando o país se tornou uma democracia, estabeleceu em sua constituição que 60% do Butão deveria ser coberto por florestas. O país tem resistido ao ganho de curto prazo por meio da venda de seus ativos naturais para as empresas madeireiras e, como resultado, pode afirmar ser o único país no mundo que absorve mais carbono do que emite.
Para realmente entender o significado dessas três iniciativas, no entanto, é preciso não enxergá-las como três questões separadas e a indústria do Turismo precisa observar que bem-estar, mudança climática e overtourism estão intrinsecamente ligados. Quanto mais tempo ignorarmos esses indicadores, mais difícil será lidar com eles no futuro.
*Fonte: Panrotas/Blog da WTM
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