Os gastos dos brasileiros em turismo no estrangeiro caíram 30,7% em Setembro, mês em que o país estava mergulhado na campanha eleitoral para as presidenciais que tiveram a primeira volta a 7 de Outubro e terão a segunda este próximo Domingo, dia 28.
Dados da Balança de Pagamentos publicados nesta quinta-feira, 25, pelo Banco Central do Brasil indicam que os gastos dos residentes no país em turismo no estrangeiro ficaram em 1.189,13 milhões de dólares (1,04 mil milhões de euros) em Setembro, o valor mais baixo desde Maio de 2016, como assinalou o chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini, citado pela Agencia Brasil.
Com o dólar mais caro, os gastos reduzem-se porque os brasileiros adiam viagens ou reduzem o orçamento para as despesas ou até cancelam os planos para ir ao exterior, escreve a agência, acrescentando que, “segundo Baldini, a taxa média de câmbio passou de US$3,3 em Setembro de 2017 para US$4,2 em Setembro deste ano”.
Os dados do Banco Central do Brasil mostram que os gastos no estrangeiro reduziram-se 526,97 milhões de dólares (461,3 milhões de euros) em Setembro, depois de já em Agosto ter havido uma quebra em 20,8% ou 363,50 milhões de dólares (318,2 milhões de euros).
A evolução dos câmbios é seguramente um fator de grande relevância para a evolução dos gastos dos brasileiros em turismo no estrangeiro, como, o é também, o fato de o país estar em campanha eleitoral para escolher o novo Presidente da República e com uma forte polarização entre a dois candidatos, Bolsonaro à direita e Haddad à esquerda.
Para o conjunto dos primeiros nove meses deste ano, os dados do Banco Central indicam que os gastos dos brasileiros em viagens e turismo no estrangeiro estão a descer 1,9%, significando uma redução de 270,45 milhões de dólares (236,8 milhões de euros), para 13.875,02 milhões de dólares (12,1 mil milhões de euros).
Fonte: Presstur