Em seu discurso, o presidente que leva a direita ao poder depois de quatro mandatos seguidos da esquerda e que irá governar o País pelos próximos quatro anos promete o liberalismo econômico, abertura a demais países e reformas como a da Previdência. Embora seu plano de governo não tenha apresentado proposta específicas para o Turismo, Bolsonaro compartilhou posteriormente o que pensa para a indústria de viagens a partir de 2019, inclusive em entrevista ao Jornal Nacional.
No mês de julho, o trade, representado por cerca de 20 entidades, enviou propostas aos candidatos à Presidência da República. Entre as prioridades estavam: melhorar a infraestrutura pública; fortalecer a imagem do Brasil no Exterior; melhorar as condições para investimentos nacionais e estrangeiros, entre
outros.
O QUE PROPÕE PARA O TURISMO
Bolsonaro, em encontro na última semana com o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, e a presidente do Rio CVB, Sonia Chami, promete ampliar o número de países com visto eletrônico. A medida foi colocada em prática este ano para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão.
Demais pleitos apontados no bate-papo mostram interesse em mais companhias aéreas internacionais voando ao Brasil. Ainda, busca captar mais eventos internacionais de grande porte e facilitar questões que envolvem licenças ambientais.
SEGURANÇA É PRIORIDADE
Bolsonaro considera a segurança prioridade máxima em seu governo. Para isso, tem como mote a liberação de armas de fogo para a população. Segundo ele, em entrevista ao G1, a violência é um dos complicadores que impedem a chegada de mais estrangeiros ao Brasil.
“Tem de ter isenção para indicar alguém para essa área tão importante e esse alguém, além de competência e patriotismo, tem de ter iniciativa para buscar as soluções, senão você continua patinando”.
O Ministério do Turismo deverá ser extinto e incorporado a uma outra pasta ou à Casa Civil. Uma das promessas de Jair Bolsonaro é diminuir o tamanho da máquina pública e aumentar sua eficiência. O MTur foi criado na primeira gestão Lula, em 2003, e hoje pode passar por um processo de fusão, somando-se a Cultura e Esporte, criando, assim, o Ministério da Indústria e do Entretenimento.
O coordenador da campanha de Bolsonaro, o empresário do Rio, Paulo Marinho, tem uma proximidade grande com nomes do Turismo no Rio de Janeiro, como Alexandre Sampaio, da FBHA e CNC, e também tem o Turismo como um dos focos da recuperação do País, tendo a segurança como um dos principais itens, além da desburocratização de processos, a questão do visto eletrônico e a promoção do Brasil no Exterior. Sampaio disse que o presidente eleito leu o documento preparado pelas entidades e que está sensível para a causa do Turismo.