Por muito tempo o sucesso no Turismo esteve atrelado a métricas óbvias, como volume de vendas e consumidores atendidos. A reprodução de práticas em busca de resultados acabou por inaugurar, conforme a indústria evoluía, uma era de mesmices, na qual a satisfação, tanto de atrações quanto de turistas, era medida por uma mesma régua.
Em processo de transição, o Turismo já deixa clara que a pluralidade dará o tom dos próximos capítulos dessa história. Vivemos agora um momento que exige diferenciação, que demanda opções e valoriza o cuidado com as especificidades.
A personalização, escreve Stephen Dutton em seu blog no Euromonitor, é “uma tendência conduzida por viajantes mais informados, que esperam por conhecimento, opções e serviços que sejam altamente relevantes para eles”. Dutton repercutia o Fórum Global da Skift, realizado recentemente em Nova York.
No evento, o CEO da Virtuoso, Matthew Upchurch, defendeu que, apesar das OTAs inundando o mercado com soluções tecnológicas e acesso fácil à informação, “a necessidade de ‘conselheiros’ humanos para as viagens é mais forte do que nunca”.
Em um mundo cada vez mais digital, consumidores desejam conexões humanas. Na prática, os especialistas concordam que há uma parcela significativa do mercado (e cada vez maior) disposta a gastar um pouco mais de tempo e dinheiro em um contato humano para assegurar que eles garantam as melhores experiências disponíveis.
O CEO da Tripadvisor, Steve Kaufer, foi além – e puxou sardinha do novo feed social da plataforma, com recomendações para viagens. “Os viajantes não querem vasculhar por milhares de avaliações enquanto planejam suas férias. Eles querem recomendações de amigos, conselheiros e influenciadores.”
Por fim, Dutton escreve que “com a tecnologia, os consumidores podem acessar um mundo de informações. Ao mesmo tempo, os operadores podem usar tecnologia para aprender sobre seus clientes e, em troca, oferecer novos graus de personalização e curadoria”. “Para evitar a comoditização, no entanto, as empresas de Turismo precisam se aprofundar nessa conexão tão desejada pelos consumidores”, finaliza.
*Fonte: Euromonitor/Panrotas
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