Os aeroportos têm diferentes necessidades e prioridades quando se trata de transformação digital. Enquanto para alguns o fascínio pelo digital pode estar no fornecimento de novas soluções operacionais de curto prazo, para outros a ambição pode ser a transição para um negócio ou modelo operacional totalmente diferente.
O estudo “Transformação digital do aeroporto: do desempenho operacional à oportunidade estratégica”, feito pela Amadeus com mais de 15 grandes aeroportos e especialistas selecionados do setor, mostra que o caminho para a transformação digital dos aeroportos está presente, mas não é fácil.
A maioria dos aeroportos entrevistados no estudo considera passar pela melhoria de sua eficiência até chegar ao uso de novas tecnologias para otimizar o monitoramento do fluxo de passageiros. É claro que a eficiência operacional, geração de receita, eficiência de custos e melhor experiência de passageiros são prioridades comuns a todos os aeroportos. No entanto, o peso atribuído a cada dimensão varia dependendo do tamanho do aeroporto, de sua localização geográfica, estrutura, regulamentos e mentalidade.
Por exemplo, alguns aeroportos podem estar acostumados a extrair informações de monitoramento do fluxo de passageiros para aprimorarem a experiência oferecida, enquanto outros aeroportos têm como foco o desenvolvimento das capacidades básicas de monitoramento (talvez sob um projeto piloto) ou uma compreensão suficiente das tecnologias relacionadas.
Mas é importante notar que, além da obtenção de benefícios positivos, as decisões de investimento digital dos aeroportos também são impulsionadas pela necessidade de mitigar proativamente os custos da não adoção dessas tecnologias.
A pesquisa indica que os riscos de “não fazer nada” são amplamente reconhecidos, e quando os aeroportos se veem em concorrência direta com outros aeroportos, eles parecem estar fortemente motivados a usar o digital como alavanca de vantagem competitiva a longo prazo.
Em alguns casos, isso pode resultar no estabelecimento de parcerias entre aeroportos e companhias aéreas, notadamente entre operadoras de bandeira nacional com posições de hub doméstico dominante, para promover uma estratégia de transformação digital mutuamente benéfica. Fonte: Panrotas.