Espírito Santo reunirá aéreas para mostrar potencial do estado

Por Anderson Masetto

Ampliar a malha aérea do estado, a movimentação econômica e, consequentemente, a geração de emprego e renda. Este é o objetivo do Espírito Santo com o projeto Compete ES, que prevê uma redução do ICMS sobre o querosene e aviação às companhias aéreas que aderirem ampliando a quantidade de voos para o destino. No entanto, muito além disso, está todo o potencial do estado para o turismo de lazer e de negócios.

É isso que será apresentado no workshop “Desenvolvimento e Oportunidades no Espírito Santo”, que acontece nesta  quarta-feira (12) em São Paulo. O estado irá reunir as companhias aéreas para mostrar todas as oportunidades em turismo, logística e cargas, além das vantagens do novo aeroporto. “Após termos participado do Fórum Conectividade, tivemos a ideia de mostrar tudo o que está acontecendo no Espírito Santo, seja na economia e com os investimento privados”, disse o secretário do estado, Paulo Renato, em entrevista ao M&E

Paulo Renato, secretário do Turismo do Espírito Santo

De acordo com ele, o estado passou a ter uma demanda muito grande de novas empresas, isso devido ao polo da zona franca em Cariacica, o novo aeroporto e o potencial logístico, com um conjunto de portos, aeroportos e ferrovias. “Percebemos no Fórum Conectividade que a questão das cargas é muito importante para a consolidação de uma malha aérea. E o Turismo pega carona nesta questão de incentivar e ampliar a quantidade de voos”, destacou Paulo Renato.

ICMS

O conjunto novo aeroporto e redução do ICMS já trouxe resultados, com voos já confirmados para Buenos Aires, Fortaleza e Recife. “O Compete ES oferece a redução do ICMS sobre o querosene de aviação de 25 para até 7%, mas em um formato diferenciado. As companhias precisam manter os voos que já têm e ampliar a malha para ter uma redução em toda a operação. Chegamos a este modelo em parceria com a Abear e já temos resultados práticos”, contou o secretário de Turismo.

José Eduardo Azevedo, secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, lembrou que não trata-se apenas de uma renúncia fiscal, mas sim de um incentivo que acaba beneficiando todo o estado. “Esta redução é um incentivo para ampliar o numero de voos e, com isso, temos mais consumo de combustível, o que compensa a queda na alíquota, além do e aumento direto e indireto na movimentação econômica. A expectativa é de um efeito muito positivo tanto na arrecadação, como na geração de emprego e renda”, contou.

POTENCIAL

Azevedo lembrou que o estado tem uma localização privilegiada. Ele salientou que a capital, Vitória, está a um raio de 1 mil quilômetros às cidades que representam mais de 60% do PIB brasileiro. Por este motivo, ele afirma que o Espírito Santo tem uma grande vocação logística, o que favorece o fluxo de cargas e de viagens de negócios. “Temos mais de 300 empresas no setor de logística, mas de 1,6 mil atacadistas e 1,2 mil ligadas ao Comércio Exterior”, contou. “Entendemos que as companhias aéreas podem aproveitar melhor esta característica para fazer esta integração”, completou. Fonte: mercado&eventos.

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