2017 foi o “ano de ouro” do turismo português

A procura turística, incluindo residentes e não residentes, cresceu 14,5% em 2017, no que foi o aumento mais forte no quadriênio 2014-2017, segundo informou ontem, 17, o INE, que indica o valor de 26.707 milhões de euros e um ‘peso’ de 13,7% no PIB, mais 1,2 pontos que em 2016.

Os dados do Instituto indicam que em 2014 o ‘peso’ do consumo de turismo em Portugal no PIB ainda estava em 11,9%, com 20.675 milhões de euros, tendo subido para 21.902 milhões ou 12,2% do PIB em 2015 e 23.321 milhões ou 12,5% do PIB em 2016.

O carro ecológico é uma das atrações de Lisboa para os turistas de todo o mundo que visitam a capital portuguesa. Foto: Divulgação

 

 

O Instituto especifica para os anos de 2014 a 2016, que o aumento do consumo de turismo de 2014 para 2015 em 5,9% foi com +7% em turismo receptor, que somou 13.543 milhões de euros, e a subida de 2015 para 2016 em 6,5% foi com um aumento em 8,6% do turismo receptor, para 14.713 milhões de euros.

A ‘parcela’ Despesa do Turismo Interno + Outras componentes, por sua vez, subiu 4,2% de 2014 para 2015, somando 8.021 milhões de euros, e voltou a subir 3% de 2015 para 2016, alcançando o montante de 8.608 milhões.

A partir destes dados é possível calcular que a Despesa do Turismo Recceptor, que o INE indica que “corresponde ao consumo efectuado por visitantes não residentes em Portugal”, equivaleu a 7,9% do PIB em 2016, depois de 7,5% em 2015 e 7,3% em 2014.

O consumo do turismo interno, que o INE indica ser o “consumo dos visitantes residentes que viajam no interior do país, em lugares distintos do seu ambiente habitual” e a “componente de consumo interno efectuada pelos visitantes residentes no país aquando de uma viagem turística no exterior do país (componente de consumo interno do Turismo Emissor)” equivaleu a 4,6% do PIB em 2016, tal como em 2014, depois de 4,7% em 2015.

A informação do Instituto indica que entre 2014 e 2016 diminui o peso do turismo interno na procura turística, de 31,7% para 30,3%, tal como o que designa por “outras componentes”, que baixaram de 7,1% para 6,6%, levando a um aumento do turismo receptor de 61,2% para 63,1%.

A mesma informação especifica que o montante gerado pelo turismo receptor teve como principal componente o alojamento, com 26,5% do total, seguido pela restauração, com 26%, e os transportes, com 20,6%.

Para as despesas de turismo interno, o INE indica que 28,3% foram para alojamento, 20,8% para restauração, 17,1% para transportes e 17,1% para agências de viagens.

O indicador mais actualizado pelo INE é o VAB gerado pelo turismo, que refere que “pode ser considerado como a contribuição da actividade turística para o VAB da economia”, indicando o montante de 12.661 milhões de euros em 2017, com um aumento em 13,6% face a 2016.

O VAB gerado pelo turismo atingiu assim 7,5% do VAB da Economia portuguesa em 2017, depois de 6,5% em 2014, 6,7% em 2015 e 6,9% em 2016.

As actividades que mais contribuíram para o VAB foram, segundo o INE, hotéis e similares, com 32,3%, restaurantes e similares, com 22,7%, e actividades não específicas, com 15,3%

O INE indicou ainda que o emprego nas actividades características do turismo subiu 4,8% em 2016, somando 416.817 postos de trabalho em equivalente a tempo completo, e as remunerações aumentaram 7,6%, para 7.860 milhões de euros.

O INE especifica que restaurantes e similares são os maiores empregadores, com 47,1% do total, seguidos por hotéis e similares, com 17,6%, transporte de passageiros, com 11,9%, e serviços auxiliares aos transportes, com 8%.

Numa amostra de dez países europeus, o INE coloca Portugal como o que tem o maior peso do consumo turístico no PIB, seguido por Espanha e Áustria, e peso do VAB do turismo no VAB da economia é segundo a seguir a Espanha. Fonte: Presstur

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