Calendário de festas populares em Salvador segue acalorado

O calendário de festas populares segue acalorado na capital baiana. Após a passagem da Lavagem do Bonfim, na quinta-feira (17), baianos e turistas já se preparam para mais uma comemoração. Logo nesta segunda-feira (21) acontece a “Segunda-feira Gorda da Ribeira”. Dez dias depois, 31, as festividades homenageiam São Lázaro. As festas não param. Dia 2 de fevereiro é dia de saudar a Rainha do Mar, Iemanjá. Depois da última festa religiosa, a capital oficial do Verão ainda será palco do Fuzuê, Furdunço, Pipoco e da maior festa de rua do planeta, o Carnaval.

A Festa do Rio Vermelho, que atrai baianos e turistas devotos de Iemanjá é uma das mais tradicionais do verão da Bahia. Foto: Bruno Concha/Secom-PMS

Responsável pela organização do calendário oficial de eventos da cidade, o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, explica que as festas são essenciais para a economia local. “Preparamos a cidade para o ano inteiro, mas Salvador tem um apelo natural para o Verão, com uma Orla enorme e belíssima. Muitos desses eventos surgiram do querer do povo. Hoje, essas festas se tornaram patrimônio, são essenciais para o crescimento da cidade”, diz.

No último domingo do mês, dia 31, a Festa de São Lázaro segue acalorando o calendário de festividades de Salvador. O evento é marcado por celebrações, tríduo e procissão pelas ruas do bairro da Federação. Apesar da origem católica, o festejo tem a forte participação do candomblé, que homenageia Omolu, com a lavagem da escadaria da igreja de São Lázaro, velas acesas e banho de pipoca. A Igreja de São Lázaro guarda a Sala dos ex-Votos, a Capela dos Milagres e, nesta sala, os fiéis podem depositar objetos que expressem sua gratidão e fé.

Manifestação de fé também no dia 2 de fevereiro. Devotos de Iemanjá vão ao Rio Vermelho homenagear a Rainha do Mar, conhecida e adorada na Bahia e em todo Brasil. Sua história é contada por diversos povos e representantes de muitas religiões. Iemanjá era filha de Olokun, soberano do mar. O nome Iemanjá foi dado pois significa “mãe dos filhos peixes”. Como presente, Olokun deu para Iemanjá uma poção que a ajudasse a fugir de qualquer perigo e a aconselhou a usar somente quando realmente precisasse, pois ele não poderia estar sempre por perto para ajudá-la. A Rainha do Mar guardou a poção com carinho e seguiu com a sua vida, até o seu primeiro casamento. Ela se casou com Oduduá e teve dez filhos orixás. Então, a partir desse momento, ficou conhecida como mãe de todos os orixás, por isso tamanha devoção a Iemanjá.

O pré-carnaval do Fuzuê acontece no dia 23 de fevereiro, quando baianos e turistas desfilam no Circuito Orlando Tapajós, no contra-fluxo no circuito Dodô (de Ondina em direção à Barra), atrás das bandinhas, lembrando o melhor dos antigos Carnavais. No dia seguinte, 24, tem mais folia no percurso feito pelos minitrios no Furdunço. A pausa será apenas na segunda-feira, 25. Na terça-feira, dia 26, tem mais maratona carnavalesca com o Pipoco, que acontece no mesmo trajeto do Fuzuê e Furdunço. E a festa não para: no dia seguinte, é dada a largada para maior festa de rua do Brasil, o Carnaval de Salvador.

O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, faz questão de pontuar que todas as festas são analisadas e pensadas ao longo do ano. “O nosso calendário de festas populares e o Carnaval são exemplos disso. Então tratamos esses eventos de forma séria, com planejamento estrutural que conta com o apoio de todas as secretarias municipais e também com os órgãos de segurança pública do estado”, reforça.

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