Turismo português cresce cerca de 40% no Egito

As chegadas de turistas portugueses ao Egito aumentaram cerca de 40% no ano passado, segundo dados avançados pelo diretor-geral da autoridade de turismo do Egito, Mohamed A. Salama, em conversa com jornalistas portugueses no Cairo.

Mohamed Salama e Mohamed Ismael, Turismo do Egipto

Mohamed Salama e Mohamed Ismael, Turismo do Egito

Mohamed Salama, que falava à imprensa portuguesa na semana passada, durante uma press trip organizada pelos operadores turísticos Solférias e Soltrópico, garantiu que o Egito terá recebido entre 14 e 15 mil turistas portugueses em 2018, depois de cerca de 10 mil em 2017.

Os números, apesar do crescimento, ainda estão longe do ano recorde de 2010, em que as chegadas de turistas portugueses ao país alcançaram os 22 mil.

Esta Páscoa, porém, foram cancelados os charters que estiveram programados para o Egito à partida de Lisboa, por falta procura.

O Egito fechou 2018 com 11 milhões de turistas, mais cerca de 37,5% que os oito milhões que visitaram o país em 2017, avançou ainda Mohamed Salama, indicando que o ano recorde, tal como para o mercado português, foi 2010, com 14 milhões de visitantes.

A Europa é a principal origem de turistas no Egipto, com destaque para os mercados da Alemanha, Itália, França, Espanha e Reino Unido, indicou o executivo.

A autoridade de turismo do Egito está a investir na participação em feiras internacionais de turismo e vai lançar uma nova campanha de promoção turística para mercados europeus, que prevê apresentar na feira de turismo de Berlim (ITB).

O Turismo do Egito também está a trabalhar com operadores turísticos, a desenvolver programas de incentivos para atrair novas ligações aéreas, e a apoiar e promover viagens de jornalistas e profissionais de turismo (press trips e fam trips).

Para 2019, Mohamed Salama salienta que pretende aumentar as chegadas de turistas internacionais, concentrando-se na promoção do turismo cultural, uma vez que, actualmente, a maior parte dos visitantes escolhe o Mar Vermelho como destino, onde os principais atractivos são as praias, mergulho, snorkeling e outras actividades náuticas e marítimas.

Questionado sobre a segurança do destino, o executivo reconheceu que o Médio Oriente sofre de “alguns problemas recorrentes” que também afetam o Egito, motivo pelo qual “a segurança é uma das principais preocupações”.

Essa preocupação é visível nos principais atractivos turísticos do país, vigiados por polícias armados, nas estradas, onde existem vários pontos de controlo, mas também em vários restaurantes e hotéis, onde inevitavelmente existem detectores de metais.

Além da segurança nos locais, as empresas que recebem grupos de turistas comunicam ao governo o itinerário dos circuitos programados, o que poderá resultar, consoante o número de pessoas e os locais a visitar, no acompanhamento do grupo por um segurança.

No final do ano passado, em 28 de Dezembro, um engenho explosivo rebentou junto de um autocarro que transportava turistas, a cerca de quatro quilómetros das pirâmides de Gizé, matando quatro pessoas e ferindo 11.

Na sequência do atentado, que nenhum grupo reivindicou, a polícia egípcia matou 40 militantes extremistas na zona de Gizé e no Norte do Sinai, segundo avançou na altura a imprensa portuguesa.

Fonte: PressTUR, que esteve no Egito a convite dos operadores turísticos Solférias e Soltrópico

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