O Brasil, que enfrentou vários desafios em 2018, nomeadamente uma sucessão presidencial turbulenta, foi o país que teve a maior quebra de gastos turísticos dos portugueses, entre 61 com dados publicados pelo Banco de Portugal, mas conseguiu ainda assim manter-se no Top10 dos destinos.
Os dados consultados pelo PressTUR mostram que o Brasil, que em 2014 ainda tinha sido o 6º país com maior montante de gastos dos portugueses em turismo contabilizados pelo Banco de Portugal, com 124,57 milhões de euros, caiu no ano passado para 10º, com 92,82 milhões, menos 23,98 milhões (-20,5%) que em 2017.
Depois do Brasil, a segunda maior queda do ano ocorreu com a Irlanda, com menos 6,55 milhões de euros (-11,3%, para 51,17 milhões), e seguiram-se Angola, com menos 5,3 milhões (-12,5%, para 37,2 milhões), Canadá, com menos 1,88 milhões (-6,2%, para 28,33 milhões), Moçambique, com menos 1,22 milhões (-6,2%, para 18,53 milhões), e Colômbia, com menos 1,11 milhões (-15,5%, para 6,04 milhões).
Os dados recolhidos pelo PressTUR mostram que no ano passado apenas tiveram queda de gastos turísticos dos portugueses 16 de 61 destinos com dados publicados pelo Banco de Portugal e que apenas em seis essas quedas foram superiores a um milhão de euros.
Quanto aos aumentos, os destinos com maiores aumentos relativos, uma medida que ‘favorece’ os que têm menores valores absolutos, pois pequenos aumentos levam a grande variações, a Nigéria liderou, com um aumento em 169,2%, para 0,7 milhões de euros, que a posicionou como 61º destino.
Seguiram-se os aumentos de gastos na Tunísia, na Turquia e no Egipto, três destinos que começaram a recuperar no ano passado depois de anos turbulentos.
Os gastos de turistas portugueses na Tunísia subiram 154,3%, para 10,53 milhões de euros, o aumento na Turquia foi em 129,8%, para 14,43 milhões, e no Egipto foi em 116%, para 4,06 milhões.
A Tunísia, que foi o 26º destino com mais gastos dos portugueses em 2014, no ano passado ainda ficou em 36º, a Turquia que foi 17º em 2014 ficou no ano passado em 29º, e o Egipto que em 2014 caiu para 60º, no ano passado subiu para 44º.
As outras variações mais fortes do ano de 2018 foram dos gastos em São Tomé e Príncipe, em 72,7%, para 11,66 milhões, Rússia, em 70,9%, para 24,12 milhões, Lituânia, em 67%, para 3,69 milhões, Chipre, em 65,5%, para 5,46 milhões, Estónia, em 64,7%, para 2,8 milhões, Marrocos, em 52,3%, para 35,54 milhões, e Malta, em 51,9%, para 10,57 milhões.
Fonte: PressTUR