Por Geraldo Gurgel
Quem embarcar no último vagão do trem turístico de passageiros da Serra do Mar Paranaense, terá como diferencial o aumento da sensação de integração com a natureza na descida da serra de Curitiba até a histórica cidade de Morretes (PR). A varanda panorâmica do novo vagão fica nos fundos do trem com ampla vista do cenário natural da Mata Atlântica. O turista também pode optar por viajar sentado, apreciando a natureza de amplas janelas instaladas. O carro de luxo comporta 32 passageiros.
O trem chega a transportar 200 mil turistas por ano e conta com até 20 vagões por viagem, sendo seis de luxo com serviço de primeira classe: o vagão panorâmico, que entra em operação nesta sexta-feira; três litorinas, que também operam separadamente da composição; um vagão camarote; e o vagão imperial. Todos os espaços temáticos oferecem serviços diferenciados aos turistas. O carro original do vagão panorâmico é de 1954 e foi adquirido no Espírito Santo. O projeto retrofit foi inteiramente desenvolvido com materiais sustentáveis e madeira certificada.
“É preciso garantir a satisfação dos visitantes com serviços turísticos de qualidade e competitivos. A viagem de trem entre Curitiba e Morretes já é uma referência do turismo ferroviário brasileiro e continua inovando em mais de 20 anos de operações para atrair mais turistas ao Paraná”, disse o secretário nacional de Qualificação e Competitividade do Ministério do Turismo, Aluizer Malab. Ele ressaltou que as empresas devem seguir esse exemplo do turismo paranaense e investir em inovação e melhorias periodicamente, inclusive treinando os colaboradores para atender as novas demandas do turismo doméstico e internacional.
O carro foi batizado de Barão do Serro Azul em homenagem a um importante personagem da história política e econômica do Paraná, Ildefonso Pereira Correia, considerado o maior produtor de erva-mate do mundo. O poderoso Barão, que foi tema de livros e filme, foi assassinado no km 64 da ferrovia Paranaguá-Curitiba durante a Revolução Federalista.
O PASSEIO – O trem turístico funciona há 22 anos na estrada de ferro que tem 134 anos e é localizada na maior área contínua de mata atlântica, declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera. Túneis, pontes, picos e montanhas enchem os olhos dos turistas ao longo de todo trajeto.
Entre os destaques estão o Parque Estadual Marumbi, Cascata Véu da Noiva e a Ponte São João que, desde 1885, “tira” o fôlego dos viajantes que passam pelo seu vão livre de 110 metros de altura e que, agora, também pode ser apreciado diretamente da varanda do novo vagão. O passeio pela cidade histórica de Morrentes inclui um almoço típico, onde o prato principal é o tradicional barreado. O retorno pode ser de trem com direito ao pôr do sol subindo a serra ou pela Estrada da Graciosa. O caminho colonial segue uma trilha da época dos tropeiros. O roteiro histórico é florido e sinuoso com seis mirantes e áreas de refúgio.
Fonte: Agência de Notícias do Turismo