Um movimento que durou apenas 14 anos, mas mudou a história da arquitetura e do design mundial, servindo de inspiração até hoje. Assim foi Bauhaus, uma das escolas mais importantes da história do planeta, que teve sua história iniciada em Weimar, na Alemanha, em abril de 1919.
A curta existência foi tempo suficiente para quebrar paradigmas relacionados à arte e à técnica de erguer construções e organizar espaços para o convívio humano. Questões políticas vividas no país em 1933 fizeram com que os especialistas desse novo modelo de arquitetura migrassem para outras nações, levando consigo as ideias e a técnica Bauhaus.
O mundo ganhou com a dispersão dos artistas que fincaram a bandeira da funcionalidade aliada ao design modernista em outras partes do globo. Israel, por exemplo, é considerado hoje o maior centro Bauhaus fora da Alemanha. As construções podem ser vistas também nos Estados Unidos, especialmente em Chicago.
“A escola propunha uma renovação completa na arquitetura, nas artes e no design para que se tornasse um reflexo fiel da sociedade nos anos 1920. Propunha a criação de protótipos em escala industrial para que a arte moderna pudesse chegar a todas as classes sociais”, explicou Margareth Grantham, diretora do Centro de Turismo Alemão (DZT), durante um encontro que destacou os eventos em comemoração ao centenário do movimento.
NOVOS MUSEUS
O primeiro grande evento aconteceu em janeiro, mês que abriu as comemorações na capital, Berlim. Em 6 de abril, o Museu Bauhaus Weimar abrirá as portas para o público, depois de três anos de construção. O local será sede permanente para a mais antiga coleção de objetos relacionados à escola alemã que ganhou o mundo.
Em 6 de setembro, a Berlinische Galerie estreia uma mostra destacando os ícones do movimento. Dois dias depois, em 8 de setembro, será a vez de inaugurar outro espaço cultural dedicado ao movimento. O Museu Bauhaus Dessau terá um acervo de 49 mil peças que remetem à escola, instalados em uma área de 2,1 mil metros quadrados no Parque da Cidade. A construção terá um vão livre envidraçado para apresentações e mostras temporárias.
A Alemanha também criou o Grand Tour der Moderne, uma série composta por sete tours com roteiros sugeridos para visitar as cidades que estão relacionadas com a história e com o legado Bauhaus. “Os itinerários variam de 2 a 7 dias e propõem uma imersão no tema”, adiantou Margaret.