A Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) e Associação Brasileia das Operadoras de Turismo (Braztoa) defendem há anos a criação de medidas que estimulem maior fluxo de turistas para o Brasil, incluindo a flexibilização na política de vistos para estrangeiros.
Oficializado no último dia 16 de março, o Decreto nº 9.731 isenta cidadãos dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, representando um passo adiante no objetivo de conferir ao turismo mais competitividade junto ao mercado internacional, que, no último ano, representou o ingresso de 6,6 milhões de turistas.
No entanto, o senador Randolfe Rodrigues visa vetar essa conquista e, além disso, alterar o Decreto nº 9.199, de 20 de novembro de 2017, que regulamenta a Lei nº13,445, de 24 de maio de 2017, que institui a Lei de Migração. Por isso, as instituições pedem que veto do senador seja rejeitado.
A isenção de vistos para turistas de localidades selecionadas pode representar crescimento para o turismo. De acordo com o Ministério do Turismo, com um ano de visto eletrônico, o País registrou uma injeção de R$ 450 milhões na economia e mais de 715 mil turistas vindos destas mesmas localidades beneficiadas com a isenção.
Além disso, dados da Organização Mundial de Turismo atestam que medidas de facilitação de viagens, como a dispensa de visto, podem gerar um aumento de até 25% no fluxo dos destinos envolvidos. Com base no estudo e histórico dos gastos dos turistas dos países beneficiados, a projeção é de uma arrecadação de receita de até R$ 1,4 bilhão em dois anos.
“Diversos são os exemplos de países que ampliaram as ofertas turísticas para superar crises econômicas com resultados surpreendentes em poucos anos e o Brasil tem todo o potencial para segui-los. É preciso investir no desenvolvimento de novos produtos turísticos, ancorados em ações e estratégias de marketing que alcancem o consumidor estrangeiro e o estimule a conhecer o Brasil”, diz Geraldo Rocha, presidente da Abav Nacional.
“Há muito a ser trabalhado na composição e apresentação da nossa oferta turística. Temos uma diversidade de atrativos e destinos pouco explorados e com grande potencial, especialmente para o mercado internacional, e facilitar a entrada de visitantes de países com grande fluxo emissivo é uma medida fundamental nesse processo”, ressalta Magda Nassar, presidente da Braztoa. Fonte: Brasilturis.