Por Nelson Rocha
A Infraero anunciou o interesse de baixar o preço de alimentos em restaurantes e cafés no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A iniciativa faz parte da estratégia de comemoração dos 81 anos do terminal aéreo, ocorrida na sexta-feira, 12. O órgão diz ter feito uma proposta aos concessionários comerciais, que concordaram em oferecer alternativas de alimentos mais baratos. As lojas terão a identificação “Selo de Compromisso com o Cliente” e vão oferecer combos promocionais, além do cardápio tradicional.
Na Bahia, para driblar os preços altos praticados por restaurantes, redes de fast-food e cafés do Aeroporto Internacional Dep. Luiz Eduardo Magalhães de Salvador, a concessionária francesa Vinci Airports, responsável pela administração do terminal, adota estratégia para servir aos passageiros e passantes que buscam se alimentar.
“Sou passageiro e as vezes também preciso me alimentar em aeroporto e entendo que os preços praticados são acima do que você encontra numa loja de rua ou shopping. Porém, como operador, eu também sei que o custo do sub concessionário que opera no aeroporto é bem maior. O que nós fizemos em Salvador foi buscar oferecer um leque de opções”, declarou o CEO do aeroporto de Salvador, Júlio Ribas, com exclusividade ao Portal Turismo Total.
“As pessoas têm aquelas máquinas, que vendem salgado, chocolate, água, tudo. Nessas máquinas é bem mais barato por que não tem gente trabalhando. Você compra água, se não me engano, por R$ 3, versos R$ 6, que acho que custa na lanchonete. Também estimulamos os sub concessionários a oferecerem opções econômicas no cardápio”, relatou.
Outra opção para quem embarca, desembarca ou apenas transita no aeroporto, e precisa se alimentar, é a Praça do Acarajé, situada na esquina à entrada do terminal aéreo, ao lado do estacionamento.
“Lá as opções são bem populares. Então tudo isto acaba dando esse leque de opções”, pontua Ribas, que em seguida comenta: “Isso da Infraero, por exemplo, fiscalizar, é totalmente contra a livre iniciativa e a liberdade do comerciante”.
Conforme Júlio Ribas, passageiros reclamarem dos preços cobrados no local é “uma queixa comum no Serviço de Ouvidoria daqui e de qualquer aeroporto do mundo. Não é prática brasileira, não é uma maldade do comerciante brasileiro. É uma característica do custo de se operar no aeroporto”, concluiu.
De passagem por Salvador, graças a uma conexão de voo internacional, a administradora que se identificou apenas como Elza, de Goiás, não hesitou em se expressar quando abordada para opinar sobre os preços praticados no aeroporto, não hesitou em dizer que “a comida é muito cara e lojinhas de artesanato estão vendendo peças muito caras também”.
Atualmente em reforma e com cerca de 20 restaurantes e lanchonetes, o Aeroporto Internacional de Salvador irá praticamente dobrar o número de unidades que oferecerão alimentação após a sua reforma, cuja primeira etapa deverá ser concluída em outubro próximo.