Artur Luiz Andrade

Penúltima escola a desfilar no segundo dia do Grupo Especial no Rio, a Portela quebra um jejum de 33 anos e é a grande campeã do carnaval carioca, com um enredo sobre as águas, inspirado no clássico de Paulinho da Viola “Foi um rio que passou em minha vida”. “Quem nunca sentiu o corpo arrepiar vendo esse rio passar” era um trecho do samba e o nome do enredo de Paulo Barros, o ex-comissário da Varig que se descobriu um carnavalesco inovador.
O desfile teve desde a exaltação dos seres marinhos e de estrelas da própria Portela, como Paulinho e Clara Nunes, até a denúncia da destruição do rio Doce, com o desastre de Mariana. Criatividade e alegorias com efeitos e muitas cores deram o tom. O último campeonato da Portela foi em 1984, quando dividiu com a Mangueira o título, na abertura do Sambódromo.

A Mocidade ficou em segundo lugar, seguida de Salgueiro, Mangueira, campeã do ano passado, Grande Rio, que homenageou Ivete Sangalo, e Beija-flor.

As seis escolas voltam a desfilar no próximo sábado e a Liga das Escolas de Samba decidiu que não haverá rebaixamento este ano, devido ao grande número de acidentes com carros alegóricos (três menos graves e dois com vítimas que ainda estão internadas, da Paraíso do Tuiuti e Unidos da Tijuca, as que tiveram as menores notas).

Hoje durante as comemorações do aniversário de 452 anos do Rio de Janeiro o prefeito Marcelo Crivella, que não compareceu aos desfiles, disse que não é obrigado a ir ao carnaval.

                                                                                                                                                                                        Fonte: Panrotas