Por Vanessa Sampaio
O ministro Marcelo Álvaro Antônio participou, nesta segunda-feira (13), em Belo Horizonte, da primeira audiência pública da Comissão Extraordinária de Turismo e Gastronomia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O foco da atuação do colegiado é debater e apoiar ações, programas e políticas públicas que viabilizem a geração de emprego e renda por meio do turismo gastronômico no estado.
Para Álvaro Antônio, a avaliação positiva da gastronomia brasileira por 95,7% dos estrangeiros que visitam destinos nacionais é um indicativo de que a culinária deve ser tratada como produto turístico capaz de estimular a competitividade do setor. “O MTur quer valorizar o poder que o turismo gastronômico tem de incentivar viagens. A exemplo de países vizinhos como Peru e Colômbia, vamos trabalhar para transformar nossa comida em referência na hora de vender o destino Brasil, a começar por Minas Gerais”, afirmou o ministro.
Secretário de Turismo e Cultura de MG, Marcelo Matte também destacou o potencial que a culinária mineira tem para exercer papel fundamental no eixo de atração turística do estado. “Nossa gastronomia é um enorme ativo local e vai ser o centro de uma campanha nacional que estamos preparando”, antecipou, destacando ainda a importância de aliar o potencial cultural de Minas à equação.
Deputado federal e presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, Newton Cardoso Jr destacou o “reconhecimento do patrimônio imaterial mineiro através da gastronomia”. Ele lembrou que o pão de queijo é indissociável da origem mineira e que o estado deve explorar a imagem positiva para gerar negócios e firmar a identidade mineira no turismo nacional e mundial.
Já o presidente da Comissão Extraordinária da AL-MG, deputado Professor Irineu, considerou o debate um momento decisivo para o desenvolvimento do setor em Minas. “O turismo nunca esteve tão bem representado e tenho certeza de que vai deslanchar”, destacou, agradecendo a presença do ministro e do presidente da CT da Câmara.
GASTRONOMIA COMO POLÍTICA PÚBLICA
O Plano Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia 2018–2021 está previsto na Lei 21.936, de 2015, que instituiu a Política Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia.
O documento, construído em parceria com chefs de cozinha, produtores, agricultores, donos de restaurantes e agentes do setor, prevê investimentos em 55 iniciativas de valorização da gastronomia em Minas, apoiando a cooperação entre as esferas pública e privada.
REFERÊNCIA DO BRASIL
Em todo o Brasil, a Rede de Cidades Criativas da Unesco já consagrou as cidades de Florianópolis (SC), Belém (PA) e Paraty (RJ) com o selo de cidade criativa da gastronomia. BH está na disputa este ano.
Belo Horizonte, aliás, está entre os destinos da Rota do Queijo Terroir Vertentes, projeto premiado pela 1ª edição do Prêmio Nacional do Turismo. O roteiro, que levou o segundo lugar na categoria Turismo de Base Comunitária e Produção Associada ao Turismo do Brasil, promove o desenvolvimento econômico e a gastronomia mineira em 23 municípios, gerando mais trabalho e renda para o estado.
O casamento entre turismo e a gastronomia de Minas é de longa data. Outro exemplo bem-sucedido é o modo artesanal de fazer queijo nas regiões do Serro e das Serras da Canastra e do Salitre, eleito patrimônio imaterial do Brasil pelo IPHAN, que atrai turistas de diversas partes do país para as fazendas do interior do estado. Fonte: Agência de Notícias do Turismo.