O CEO do Fera Palace Hotel, Antonio Mazzafera, se disse preocupado com o impacto da crise da Avianca Brasil no turismo e na hotelaria de Salvador, em entrevista a Lara Kertész no Metrópole Turismo, da Rádio Metrópole, na manhã de hoje (5). O executivo cobrou providências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quanto ao que chamou de “oligopólio” entre as empresas Latam, Gol e Azul, que vendem passagens mais caras para a capital baiana desde a suspensão das operações da Avianca.
“Acho que os secretários estadual e municipal de Turismo precisam, mais do que nunca, ser bem ativos em relação a entrar em contato com a Anac. Porque nós estamos passando por um momento muito, muito complicado na hotelaria em Salvador. Está muito difícil. O mês de maio foi o pior mês da história do Palace, foi um mês terrível, com ocupação abaixo de 40%, não conseguimos pagar nossas contas. Todos os hotéis estão em uma situação muito difícil, por causa da saída da Avianca. (…) Isso é muito prejudicial, acho que a Anac tinha que dar uma olhada em cima disso, porque é abuso econômico. O transporte aéreo é uma concessão do Estado”, afirmou.
Mazzafera também frisou que é necessário aplicar a Salvador estratégias de promoção turística que evidenciem a vocação da cidade como destino histórico. “As pessoas adoram a Rua Chile, têm um carinho muito grande pela Rua Chile. Mas acho que menos que 1% da população sabe que a Rua Chile foi a primeira rua do Brasil. Então nós temos que vender isso para o Brasil e o mundo. Salvador é uma cidade de praia, mas é mais do que isso: as pessoas vêm a Salvador por causa do Centro Histórico”, afirmou, se referindo à rua onde o Fera Palace Hotel está instalado.