Avião Boeing 737 MAX (Foto: STEPHEN BRASHEAR / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)
A Boeing ainda precisa concluir um voo teste de certificação e submeter formalmente sua atualização de software e mudanças de treinamento à aprovação da agência federal de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês).
A Boeing disse neste domingo que continua “a trabalhar com reguladores globais para prover a informação de que precisam para certificar a atualização do MAX e de seu material de treinamento e assim retornar a frota ao serviço com segurança”.
A maior fabricante de aviões do mundo disse que está atuando em parceria com companhias aéreas clientes para manter seus aviões armazenados e acrescentou que fornecerá suporte semelhante ao oferecido quando da entrada em operações uma vez que as aeronaves tenham permissão para retomar a operação comercial.
Procurada neste domingo, a FAA não quis comentar.
O diretor interino da FAA, Dan Elwell, disse a jornalistas no mês passado não ter um cronograma específico para liberar as decolagens do 737 MAX.
O modelo foi impedido de decolar em março, após a queda fatal de um avião da Ethiopian Airlines, poucos meses depois de um desastre similar com um avião da Lion Air, na Indonésia. Juntos, ambos os acidentes resultaram em 346 mortes.
Questionado no mês passado se é realista a previsão de que o 737 MAX pode voltar a voar até agosto, Elwell evitou ser específico.
“Se você dissesse outubro, nem assim eu diria isso, somente porque não terminamos de determinar exatamente quais serão os requisitos de treinamento”, disse Elwell. “Se levar um ano para encontrar tudo que precisamos para nos dar confiança de retirar a ordem (de proibir as decolagens), então que seja.”
Companhias aéreas de todo o mundo foram obrigadas desde então a cancelar seus voos e se virar para cobrir linhas que antes eram cobertas pelo MAX.
A Boeing espera que a atualização de software e treinamentos associados para pilotos acrescentarão camadas adicionais de proteção para evitar que dados errados disparem um sistema chamado MCAS, que foi ativado em ambos os aviões acidentados antes dos desastres.
*Fonte: Jornal do Brasil