Os viajantes e os anfitriões que utilizaram a plataforma Airbnb em 2018 geraram mais de 2 mil milhões de euros de impacto econômico direto em Portugal, de acordo com a informação divulgada pela empresa esta segunda-feira, dia 1 de julho com base num inquérito realizado entre os próprios utilizadores e a análise de dados internos. Portugal é o décimo território onde a Airbnb teve maior impacto econômico, numa lista liderada pelos Estados Unidos, França e Espanha. A nível global, o impacto foi de quase 86 mil milhões de euros (mais de 100 mil milhões de dólares).
“Ao contrário de outros modelos de negócio, em que as receitas geradas não chegam às comunidades locais, a Airbnb beneficia diretamente os anfitriões e os pequenos negócios da zona”, escreve a companhia no comunicado enviado às redações. “Os anfitriões ficam com 97% do preço fixado por eles próprios ao partilhar o seu espaço e, desde que a Airbnb foi fundada, receberam mais de 57.000 milhões de euros em todo o mundo (65.000 milhões de dólares)”.
Segundo a plataforma, o impacto econômico direto estimado de 2018 é a soma das receitas obtidas pelos anfitriões e o gasto estimado dos hóspedes. As receitas dos anfitriões baseiam-se em dados internos da Airbnb. Os gastos estimados dos hóspedes baseiam-se em quase 12.000 respostas a um inquérito voluntário enviado a uma amostra de contas de hóspedes da Airbnb que fizeram uma viagem a esses países em 2018. No se efetuou nenhum pagamento ou outro tipo de incentivo em troca da resposta a este inquérito.
O inquérito da Airbnb a mais de 5.500 contas de anfitriões e hóspedes de Alojamentos em Portugal permitiu apurar que 89% dos anfitriões portugueses na plataforma da Airbnb recomendam restaurantes e cafés aos hóspedes e 78% dos anfitriões portugueses na plataforma da Airbnb recomendam atividades culturais aos hóspedes como a visita a museus, festivais ou locais históricos. Em média, os hóspedes que se alojam através da Airbnb em Portugal afirmam que 41% dos seus gastos são efetuados no bairro em que ficam alojados
Um das conclusões que a Airbnb retira deste estudo é que a plataforma também ajudou “a alargar os benefícios do turismo a alguns dos países menos visitados do mundo”, já que entre 2016 e 2018, as chegadas de hóspedes através da plataforma da Airbnb dispararam em países como Moldavia (190%), Vanuatu (187%) e Nova Caledonia (175%).
Impacto econômico direto da Airbnb em 2018 (top 30 países) com base nas receitas dos anfitriões e dos gastos estimados dos hóspedes
1. EUA: USD 33.800 milhões
2. França: USD 10.800 milhões
3. Espanha: USD 6.900 milhões
4. Itália: USD 6.400 milhões
5. Reino Unido: USD 5.600 milhões
6. Austrália: USD 4.400 milhões
7. Canadá: USD 4.300 milhões
8. Japão: USD 3.500 milhões
9. México: USD 2.700 milhões
10. Portugal: USD 2.300 milhões
11. Alemanha: USD 2.300 milhões
12. China: USD 2.300 milhões
13. Brasil: USD 2.100 milhões
14. Grécia: USD 1.400 milhões
15. Holanda: USD 1.300 milhões
16. Coreia do Sul: USD 1.200 milhões
17. Tailândia: USD 1.100 milhões
18. Nova Zelândia: USD 912 milhões
19. Croácia: USD 910 milhões
20. Irlanda: USD 832 milhões
21. Malásia: USD 734 milhões
22. África do Sul: USD 685 milhões
23. Argentina: USD 664 milhões
24. Dinamarca: USD 654 milhões
25. Suíça: USD 651 milhões
26. Áustria: USD 625 milhões
27. Indonésia: USD 593 milhões
28. Filipinas: USD 586 milhões
29. Colômbia: USD 560 milhões
30. República Checa: 555 milhões
*Fonte: Publituris