Por Lício Ferreira
O Aeroporto Internacional de Salvador Luís Eduardo Magalhães aumentará a sua capacidade de movimentação de passageiros de 10 para 15 milhões ao ano, a partir de 31 de outubro, quando forem finalizadas as obras contratuais assumidas pela concessionária Vinci Airports com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). “Essas obras fazem parte da Fase 1-B do contrato e, em seguida, serão disparadas as obras da Fase 1-C, que já tem algumas, bem adiantadas, com prazo de conclusão para mais dois anos”, anunciou o CEO da Vinci Airports, Júlio Ribas, durante coletiva no auditório do Aeroporto. As obras da Fase 1-C não comprometem a rotina do equipamento
Hoje, o embarque único ou ‘hibrido’ é uma novidade no Brasil, mas já é uma tendência no exterior. A unificação dos embarques aconteceu, na noite desta segunda-feira 26, simultaneamente, durante a chegada e partida do voo da TAP (entre as 21h30 e as 22h30) e a entrega da 1ª ponte internacional do novo píer – a ponte 13, que passa a abrigar todas as chegadas e partidas dos voos internacionais na capital baiana. “A nova área foi pensada para receber inovações sustentáveis, como abastecimento por usina de energia solar e sistema de água de reuso. Junto com as outras melhorias, o novo píer aumentará a capacidade de movimentação de passageiros no aeroporto de 10 para 15 milhões ao ano”, ratificou o CEO da Vinci Airports.
AMPLIAÇÃO
Com a entrega total do novo píer, o Aeroporto de Salvador passará de 11 para 17 pontes de embarque. “O novo píer representa uma ampliação de mais de 13 mil m² e abriga seis pontes de embarque modernas e capazes de atender aeronaves grandes, destinadas a voos internacionais. A novidade melhora a operação no equipamento e vai beneficiar os passageiros, que terão acesso a uma área mais moderna e integrada”, comenta Júlio Ribas. Segundo ele, até o próximo dia 31de outubro, o aeroporto vai ganhar mais seis (6) portões de embarque. “Já tínhamos um píer com 11 portões de embarque. E dentre os seis novos, três (3) deles serão destinados para atender aeronaves de grande porte”, explica.
A localização de embarque internacional também foi alterada. Com a unificação, ele passa do primeiro pavimento para o segundo. “Fica, no mesmo local, onde, desde abril passado, é realizado o embarque doméstico. Os passageiros, após passarem pelos canais de inspeção, poderão circular pelo mesmo ambiente e usufruir das facilidades comerciais e serviços. Somente quando forem embarcar, os passageiros internacionais serão direcionados ao novo píer, passando pelo conector totalmente climatizado, que conta com esteiras rolantes que auxiliam no deslocamento. E ao acessarem o novo píer, uma segunda inspeção é feita, atendendo aos requisitos de segurança internacional, seguida pelos trâmites de liberação da Polícia Federal e acesso à ponte de embarque”, orienta Júlio Ribas.
ANTECEDÊNCIA
Com base nesta mudança, a concessionaria Vinci Airports está orientando que, “nesses primeiros dias de operação, os passageiros internacionais se programem para chegar com antecedência ao local, a fim de se familiarizar com o novo fluxo, dinâmicas de funcionamento e tempo de embarque, uma vez que a partir de agora será preciso passar por um processo adicional de inspeção de segurança e de bagagens. Com o novo fluxo, o tempo de deslocamento do passageiro internacional, do check-in à aeronave, aumentará em média 20 minutos”, destaca.
Na coletiva, o CEO da Vinci Airports, Julio Ribas destacou que a partir de agora, há a possibilidade do passageiro fazer compras de líquidos (uísque, vinho, perfume, etc,) dentro da área de embarque. “Antes ele tinha a limitação internacional de apenas 100ml por frasco. Com a nova facilidade ele pode levar maior quantidade de líquidos em uma embalagem bem acondicionada, dentro de uma sacola, um pouco mais grossa, do tipo de Duty Free, com a nota fiscal de compra exibida do lado de fora da sacola. Assim ele vai embarcar sem problema”.
MIX COMERCIAL
O gestor administrativo do Aeroporto de Salvador colocou nas entrelinhas uma situação que só deverá ficar equacionada quando o ‘mix comercial’ do equipamento estiver por completo, com a inauguração de bares e restaurantes. “Estamos fechando os contratos e as empresas começam a fazer obras internas. A maior parte estará pronta até dezembro. Por exemplo: a ‘Mesa de Tereza’, da ‘restaurateur’ Tereza Paim, deverá ficar pronta antes do final do ano; enquanto o bar ficará pronto em janeiro de 2020. Já a loja Duty Paid foi entregue em maio passado”.
Conforme Julio Ribas, o objetivo da Vinci Airports é que os passageiros tenham mais opções de alimentação após despacharem as bagagens e passarem pelo Raio X das bagagens, mudando um pouco a visão das pessoas sobre chegar só para embarcar. “Queremos que os passageiros usufruam com mais tranquilidade do terminal. Além disso, a nova proposta de embarque único ou ‘hibrido’, possibilitará que os passageiros em voos internacionais tenham, além de um leque maior de opções para refeições, mais opções para compras, já que poderão adquirir produtos e souvenirs que poderão ser levados nos voos, desde que embalados adequadamente nas lojas”.
E acrescentou: “Estamos fazendo um trabalho de conscientização com os lojistas para que os passageiros internacionais possam adquirir produtos que serão alocados nas sacolas lacradas, juntamente com as notas fiscais, seguindo as exigências internacionais e podendo seguir como bagagem de mão nos voos”, completa Ribas.
RITMO DAS OBRAS
De forma didática ele explicou o cronograma que a concessionaria tem seguido, desde que ganhou o leilão do equipamento. “Vencemos o leilão em março de 2017; em 31 de agosto do mesmo ano, após a assinatura do contrato com a ANAC vivemos a Eficácia de Contrato; e, em 2 de janeiro de 2018 assumimos, oficialmente, a gestão operacional. As obras foram iniciadas em maio de 2018 e ainda este ano de 2019, vamos entregar outras melhorias aos usuários, como a expansão do terminal de passageiros em 22 mil m² e melhorias nos sistemas de refrigeração e iluminação. Julio Ribas garante que até 31 de outubro, todos os seis portões de embarques estarão em funcionamento, sendo que três deles serão exclusivos para voos internacionais; enquanto os demais serão destinados para voos domésticos.
Entre as melhorias já executadas e entregues, elencou: a reforma e melhoria da pista auxiliar (17/35) e das taxiways; a nova área de escritórios e balcões de vendas das companhias aéreas, check-ins em novo layout, troca de iluminação convencional por LED em todas as áreas já reformadas, instalação de wi-fi gratuito e de alta velocidade, instalação de 2km de tubulação para os sistemas de refrigeração/ventilação, com a construção de nova central de água gelada, modernização de banheiros e fraldários, entre outras.
Muito preocupado em enfatizar as coisas Julio Ribas fez questão de frisar “que 100 % do Aeroporto estará pronto no dia 31 de outubro, quando termina o prazo da concessionaria Vinci Airports com a ANAC. Não queremos, em hipótese alguma, que as pessoas comecem a associar as famosas obras nunca terminadas da Infraero (antiga concessionaria do equipamento) com as nossas. Elas não foram terminadas no prazo que foi dado. Enquanto todos os prazos e nossas obras estão sendo cumpridas”, garantiu. Fonte: Tribuna da Bahia.