No próximo sábado (21), o Parque Natural Municipal da Restinga de Praia do Forte, o Parque klaus Peters, completa 6 anos de existência. A Unidade de Conservação de Proteção Integral, gerida pela Prefeitura de Mata de São João, foi criada através da Lei n° 367/2008 e tem como objetivo a preservação de ecossistemas naturais de relevância ecológica.
Localizado entre dunas e lagoas, o parque tem 264 hectares, o equivalente a 264 campos de futebol, e está entre as mais belas paisagens da restinga do Litoral Norte da Bahia. Tem também o propósito preservar o ecossistema local e fazer com que moradores e visitantes da Praia do Forte e de todo o Litoral de Mata de São João o conheçam mais.
O equipamento tem prestado serviços relevantes nas pesquisas científicas, nas atividades de educação e interpretação ambiental, na recreação em contato com a natureza e no ecoturismo. Além das trilhas ecológicas, são praticadas atividades esportivas de baixo impacto, como passeios ciclísticos e equinos e canoagem.
Diversidade
“A restinga é uma vegetação de transição entre o mar e a floresta e é formada por um mosaico de moitas, que abrigam uma diversidade de animais e plantas”, explica o biólogo e coordenador de Unidade de Conservação da Prefeitura de Mata de São João, Fábio Lima.
De acordo com Lima, a maior parte da vegetação que compõe a flora local só ocorre no ecossistema de restinga. “Entre as plantas mais conhecidas podemos encontrar orquídeas, bromélias e ipês”, diz.
O Parque Klaus Peters começa na vila da Praia do Forte, na Avenida do Farol, com uma ponte sobre a Lagoa Timeantube, e segue por uma trilha de 3,6 quilômetros até a Praia do Lord e o Iberstar Resort. É uma trilha sinalizada com placas e painéis educativos, que proporciona corridas e caminhadas por um cenário de muita paz e beleza.
Espécies ameaçadas – No parque, existem espécies da fauna da restinga brasileira ameaçadas de extinção, a exemplo da Preguiça de Coleira, do Ouriço Cacheiro e do Calango do Abaeté. Para o prefeito de Mata de São João Marcelo Oliveira, o Parque Klaus Peters é uma grande conquista de todo o município.
“É uma reserva grande, muito rica, que contribui para o equilíbrio ambiental ao nosso Litoral. Nos orgulha muito porque, além de colaborar para a preservação de muitas espécies nativas, ajuda a educar e a fomentar nossa economia, através do ecoturismo”, celebra o prefeito.
Trilha e museu sensoriais – Até o final de 2020, o Parque Klaus Peters será uma dos raríssimas unidades de conservação do Brasil com estrutura para pessoas com deficiências locomotora e visual. Além de trilha adaptada para cadeirantes e pessoas com deficiência visual, terá um museu também adaptado, com replicas táteis de espécies da fauna local.
De acordo com Fábio Lima, todo o projeto já está em andamento e alguns equipamentos, como as réplicas dos animais, já estão prontos. “É uma iniciativa fantástica e inédita na Bahia”, elogia o biólogo. “Vamos possibilitar sensações únicas para pessoas que têm essas limitações”, diz.