A empresária Pansy Ho, filha do magnata Stanley Ho e acionista de referência da a MGM China, considerou que “a experiente indústria do jogo de Macau” veria com interesse um possível investimento no Brasil, caso o país, onde atualmente o jogo é interdito, venha a optar pela abertura de casinos em resorts.
A multimilionária frisou que não se pode esquecer que o Brasil “é uma das maiores economias da América Latina” e que o interesse dependerá sempre das condições futuras, de critérios e expectativas a serem definidos.
“Os operadores de resorts integrados de Macau têm obviamente experiência e know how”, pelo que um investimento nesta área seria sempre atrativo, tanto para os promotores do jogo no território.
Numa conferência de imprensa após a sessão inaugural do Fórum de Economia de Turismo Global (GTEF, na sigla em inglês), no qual o Brasil e a Argentina são convidados de honra, Pansy Ho, também a embaixadora da Organização Mundial do Turismo, agência especializada da ONU, ressalvou que não fez qualquer contacto directo com o Governo brasileiro, apesar de “esta situação ter sido levantada, como conceito”.
A filha mais velha do magnata do jogo Stanley Ho afirmou que, “se ou quando for promovida e divulgada mais informação junto das maiores operadoras” esse será certamente um cenário a avaliar, ainda que exija “conhecer mais sobre os critérios e expectativas”.
Na capital do jogo mundial, onde são esperados cerca de 40 milhões de visitantes este ano, o ministro do Turismo brasileiro, Marcelo Álvaro António, fez questão de apontar uma das apostas para impulsionar ainda mais o turismo e o financiamento privado: os casinos.
“Quero lembrar que o [poder] legislativo no Brasil avalia regulamentar a operação de casinos em resorts [integrados], abrindo grandes vias de investimento” no país, sublinhou o governante.
Macau, capital mundial do jogo e único território na China onde o jogo em casino é legal, registou, no ano passado, 302.846 milhões de patacas (32.796 milhões de euros) em receitas do jogo, com um aumento de 14% em relação face a 2017.
Em Macau existem três concessionárias (Sociedade de Jogos de Macau, criada por Stanly Ho, e as norte-americanas Galaxy e Wynn resorts) e três subconcessionárias (Venetian, MGM Resorts e Melco), sendo que metade dos operadores têm capital norte-americano.
Fonte: PressTUR com Agência Lusa