Por Juliana Monaco
O governo de Trump baniu os voos dos Estados Unidos para todas as cidades de Cuba, exceto para a capital Havana. Os defensores disseram que a proibição limita a capacidade do governo cubano de reprimir seus cidadãos e apoiar o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Já os opositores defendem que a iniciativa dificulta a ida de cubano-americanos a regiões fora da capital para visitarem suas famílias, sem causar impacto significativo no governo de Cuba.
O Departamento do Estado afirmou que os voos da JetBlue para Santa Clara, na região central de Cuba, serão proibidos a partir de dezembro. Os voos da American Airlines para Camaguey, Holguín e Santa Clara também serão banidos. Já os voos para Havana permanecerão com operações regulares. Ambas as companhias emitiram breves declarações dizendo que cumprirão a decisão.
Outro motivo declarado para a mudança é impedir o turismo em Cuba, que é proibido pela lei dos EUA. Ainda não há dados de quantas pessoas com esse propósito serão afetadas. Os voos fretados para destinos fora de Havana não serão impactados com a medida, mas esses tendem a ser mais caros e menos convenientes.
“Essa ação impedirá que o governo de Castro continue lucrando com os voos dos Estados Unidos e use as receitas para reprimir o povo cubano”, afirmou o secretário do Estado, Mike Pompeo. Raul Castro deixou o cargo de presidente no ano passado, mas continua sendo o chefe do Partido Comunista, a mais alta autoridade do país.
Entre as demais medidas do atual governo estadunidense estão a proibição de navios de cruzeiros dos EUA para Cuba, a sanção do transporte de petróleo da Venezuela para Cuba e a permissão de ações judiciais contra empresas estrangeiras que lucram com o uso de propriedades confiscadas por norte-americanos ou cubanos que obtiveram a cidadania americana. As ações contribuíram para a escassez da moeda cubana, mas ainda não há indicação de que a política de Trump tenha o efeito desejado. Fonte: Panrotas.