Os dirigentes das instituições que comandam a aviação no mundo reúnem-se a partir de hoje no Rio de Janeiro para trocar experiências, discutir tendências, gargalos e marcos regulatórios do setor. O International Brazil Air Show (IBAS) vai até 2 de abril com a participação de representantes de governos, executivos do setor privado e representantes da alta gestão aeroportuária brasileira e internacional.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovics, o turismo é a primeira indústria que recebe os impactos da aviação civil. “Desde 2011 vivemos uma transformação. O número de passageiros passou de 30 milhões para 100 milhões, com redução da tarifa média”, comentou Sanovics. Ele defendeu o avanço da agenda de regulamentação do setor no país e a aviação para todos na construção de uma nação forte.
O secretário Nacional de Estruturação do Turismo, Neusvaldo Ferreira Lima, frisou a importância da estruturação dos destinos turísticos nacionais para aumentar a demanda da aviação civil no Brasil. “Tenho certeza de que o debate e os negócios gerados aqui, nos próximos dias, serão extremamente salutares para garantir que os avanços conquistados nos últimos anos tenham continuidade”, afirmou Neusvaldo. As viagens domésticas no Brasil saltaram de 138,7 milhões para cerca de 200 milhões, entre 2005 e 2016.
De acordo com o secretário Nacional de Aviação Civil, Dario Lopes, o Ibas será uma referência robusta para subsidiar as políticas públicas do setor. “As discussões vão nos ajudar na elaboração e execução de ações estratégicas e pensar no aumento da mobilidade no pais, da capilaridade de transporte de passageiros e cargas e da cobertura geográfica”, afirmou. O Brasil figura entre os 10 principais mercados da aviação e tem papel ativo na discussão dos marcos regulatório do setor no mundo.