Albi: Berço de Toulouse-Lautrec é Patrimônio da Humanidade, na França 

Por DUDA TAWIL, texto e fotos (Exclusivo)

Reunido em Brasília em 31 de julho de 2010, quando dos 50 anos da nossa Capital Federal, Patrimônio da Humanidade como a cidade futurista e utópica, obra-prima do saudoso e genial Oscar Niemeyer, o Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco decidiu na ocasião que Albi, pequena e linda cidade de 52 mil habitantes no sudoeste da França, também passaria a integrar a prestigiosa lista das cidades e monumentos classificados por aquela instituição da ONU que está sediada em Paris.

 
A Ponte Velha sobre o rio Tarn, e Catedral Santa Cecília: joias da Idade Média
 
Cidade, aliás, com ares da Toscana, na Itália, banhada por uma luz que lhe confere uma cor rosa-alaranjada durante o dia, e vermelha, quando o sol se vai. Recentemente, foi inaugurado o arrojado e ultramoderno Bairro Cultural des Cordeliers, colocando-a no circuito nacional das artes. A cidade é um encanto só, hoje sob a administração do prefeito Philippe Bonnecarrère.
 
Sete atrativos principais
 
São sete os principais atrativos de Albi, a começar pela Catedral Santa Cecília, uma obra-prima do gótico meridional, que exibe um contraste entre o rigor de uma fortaleza, no seu exterior, e o colorido, a delicadeza e riqueza da decoração interna. Construída dos Sécs. XIII ao XVI, vai então da época medieval ao Renascimento. No interior, o maior conjunto de pinturas italianas em forma de afrescos de toda a França, com destaque para o “Juízo Final”, o maior do mundo. O órgão e as salas do tesouro são também destaques.

 

Museu Toulouse-Lautrec tem jardins à francesa
Depois, o Museu Toulouse-Lautrec, do lado da catedral, no antigo palácio episcopal, conhecido como Palais de la Berbie (Sécs. XIII e XIV). Inaugurado em 1922 na presença da mãe do artista, a condessa Adèle de Toulouse-Lautrec, é o maior museu do mundo, tanto em quantidade como em qualidade, das obras do artista albigeois nascido em 1864. Com mais de mil peças expostas, é a maior coleção do mundo dedicada a ele, e foi reaberto em 2012 após dez anos de reformas e reestruturação, com Danièle Devynck como diretora. No último andar, o espaço abriga ainda pinturas modernas de artistas contemporâneos, do final do Séc. XIX e primeira metade do Séc.XX. Vale a pena passear na parte exterior nos seus belos jardins à francesa, com linda vista sobre o Tarn: www.museetoulouselautrec.com
 
Outro museu, o Lapérouse: desde 1988, museu dedicado ao navegador, explorador científico e comandante de esquadra sob o Rei Luís XVI, Jean-François de Galaup, dito Lapérouse, nascido em Albi em 1741. O seu desaparecimento continua um enigma até hoje, na Ilha de Vanikoro, na costa da Austrália. Foi de lá a sua última correspondência para o rei, datada de 1788. O museu retraça não somente a sua vida e misterioso fim, mas conta muito sobre a época das grandes explorações marítimas. Fica no Square Botany Bay, e a entrada custa 3,50 Euros e 2 Euros: www.laperouse-france.fr
 
Mais um: o Museu da Moda, em pleno centro histórico. Inaugurado em 1985, conta hoje com cerca de 100 peças, que cobrem o vestuário do Séc.XVIII até 1970. Acompanham quadros, gravuras, desenhos originais dos estilistas, obras sobre a moda e fotos antigas. 17, rue de la Souque.
 
A igreja de Saint-Salvi é  antiquíssima, dos Sécs. X ao XIII, e associa as formas romanas aos elementos góticos. A torre é destaque na paisagem urbana, e vale a pena ver o seu claustro. Na rue Saint-Salvi, que é cheia de butiques e todo tipo de comércio.
 
No Mercado Municipal, degustação de charcutaria com vinhos de Gaillac
A gastronomia local tem seu maior espaço no Marché Couvert (Mercado Coberto): a dois passos de Santa Cecília e em dois níveis, 30 comerciantes oferecem produtos regionais, como a brioche típica, confit e magret de pato, foie gras, patês, charcutarias, queijos e os maravilhosos vinhos de Gaillac. Existem alguns bares e restaurantes no piso inferior e no exterior do pavilhão. Abre também aos domingos.
 
Sempre presente na paisagem, o Pont-Vieux (Velha Ponte), sobre o Tarn e com quase mil anos de história, é parte indissociável da vida social e comercial de Albi. Ela data de 1040. Responsável pela prosperidade da cidade, dela se tem uma vista extraordinária da Cidade Episcopal.
 
Dicas e serviço
 
– Hotéis: Mercure Cité Episcopale, ao lado do rio, e vista deslumbrante para a Cidade Episcopal e a Ponte Velha. Seu restaurante Le Moulin oferece à la carte um menu a partir de 20 Euros: mercure.albi@wanadoo.fr; Saint-Clair: perto da Catedral e do Museu T-L. Quartos a partir de 45 Euros. www.hotel-albi-saintclair.com
 
– Restaurantes: La Table du Sommelier: do casal Mireille e Daniel Pestre. Ele foi eleito “Sommelier do Ano de 2004”. O campo na mesa, em plena cidade:
 
L´Esprit du Vin: o chef David Enjalran é estrelado pelo Guia Michelin, cheio de criatividade na associação dos sabores: www.lespritduvin-albi.fr;
 
Le Lautrec: de Sandrine e Antoine Caramelli, “a cozinha de ontem, à maneira de hoje”: www.restaurant-le-lautrec.com
 
Le Couvert des Halles: no Marché Couvert. Tel.: 05.63.54.19.52; Bar In U Tile: também no mercado, piso inferior, propõe tábuas de aperitivos e vinhos de Gaillac.
 
Mais informações
 
Ofício de Turismo de Albi
 
Comitê Departamental do Turismo (CDT)
 
Maison de Midi-Pyrénées
 
Comitê Regional do Turismo (CRT)

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