Por Luiz Henrique Miranda
Apesar da crise gerada pelo surto de Coronavírus de Wuhan (China), as previsões iniciais de crescimento na chegada de turistas internacionais no mundo em 2020 estão mantidas pela Organização Mundial de Turismo (OMT), conforme foram anunciadas no início do ano. Ou seja: entre 3% e 4%. Isso porque o fato é recente e, tendo em vista situações semelhantes ocorridas no passado, os efeitos negativos sobre a movimentação turística foram rapidamente superados.
Avaliação é de Manuel Butler, diretor executivo da OMT, confiante na contenção da doença em face dos procedimentos adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que, segundo ele “está realmente guiando a situação, para dar uma resposta global”.
Além disso, Butler destaca a importância do papel desempenhado pela própria OMT, no apoio e colaboração com os países afetados, tendo em vista a 11ª edição do Congresso Mundial de Turismo de Neve e Montanha, que acontecerá de 11 a 13 de março de 2020 em Andorra, sob o título “Turismo, inovação e sustentabilidade”.
Verónica Canals, que é ministra do Turismo do Principado de Andorra, situado entre a França e a Espanha nas montanhas dos Pireneus, garante que não há cancelamento de inscrição para o congresso, que reunirá profissionais e especialistas em turismo de Andorra, Alemanha, Áustria, Bélgica, Chile, Estados Unidos, Espanha, França, Itália, Holanda e Reino Unido.
Na pauta do evento, que é realizado a cada dois anos desde 1998, serão abordadas questões relativas à inovação, sustentabilidade e transformação digital, com foco no papel do turismo de montanha no desenvolvimento do Turismo Rural, segmento celebrado pela OMT em 2020. Na mesma semana, de 9 a 10 de março, Andorra também sediará a Cúpula dos Ministros Ibero-americanos de Turismo.
Ano do Turismo Rural
Esperamos que os encontros programados contemplem a América do Sul e, em especial, a maior floresta tropical do mundo, famosa por sua biodiversidade, como palco para investimentos em Turismo sustentável. No Ano do Turismo Rural, nada mais oportuno e inovador do que países economicamente desenvolvidos, compartilhem recursos em favor da distribuição de renda em favor de todos os territórios soberanos banhados pelo Rio Amazonas, que nasce na cordilheira dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
E que tais investimentos resultem de fato e de direito em ganhos para todos os povos locais, em proporções compatíveis ao rio mais volumoso do mundo.
*Fonte: Diário do Turismo, com informações do Hosteltur, de Palma de Maiorca; Foto: Pixabay