Voo da TAP de Lisboa para Maceió comprometido por retaliação de operadores turísticos

 

Os operadores turísticos portugueses vão faltar à apresentação hoje do novo voo da TAP para Maceió, em clara retaliação em relação à decisão da TAP de os deixar sem charters de Lisboa, por alegada falta de slots.

Em comunicado divulgado hoje, os operadores turísticos Abreu, Nortravel, Solférias e Soltrópico dizem que “não têm condições para participarem no Road Show de apresentação da rota Lisboa-Maceió”, hoje em Lisboa e amanhã no Porto.

Os operadores não o dizem explicitamente, mas em causa está a decisão da TAP de não fazer os voos charter que lhe solicitaram e que foi finalmente assumida publicamente pela directora Comercial da companhia, Paula Canada, em entrevista ao “Publituris”.

Até este momento, a expectativa dos operadores era de que seria possível uma solução a contento das suas pretensões, o que ruiu por completo com a publicação ontem da antecipação da entrevista de Paula Canada.

Operadores turísticos contactados pelo PressTUR ainda na semana passada rejeitavam a hipótese de assumir as críticas que faziam à TAP, para não fazerem gorar qualquer hipótese de reversão e de ser encontrada uma solução para a realização dos voos que têm programados.

“A actual conjuntura extremamente desfavorável, que em muito tem afectado a atividade turística, obriga a esforços e cuidados reforçados por parte dos nossos associados”, começa por dizer o comunicado dos operadores, que só depois deixa transparecer o que está em causa.

Diz o comunicado que “os esforços” a que a actual situação os obriga “não permitem dispersar a sua atenção para eventos promocionais de novos destinos, sem antes ter resolvidos os problemas que no imediato subsistem para os destinos que já estão em operação”, na realidade em comercialização.

E o problema é precisamente “sem antes ter resolvidos os problemas” das operações programadas, para as quais contavam com a TAP, que agora, em privado, alguns acusam de os ter traído, ao deixá-los sem voos.

Esse ressentimento decorre da percepção que têm de que sendo quase certo que a TAP não teve os slots todos que solicitara, o que aliás é o que acontece na maioria dos casos, e não apenas em Portugal, a companhia apenas olhou aos seus interesses e esqueceu os parceiros a que tantas vezes já recorreu até para sobreviver.

*Fonte: PressTUR/PT

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