Por Pedro Menezes
A China anunciou medidas drásticas e no mínimo curiosas para tentar conter o “esvaziamento” do seu espaço aéreo por conta da epidemia do coronavírus (Covid-19). Diversas companhias internacionais e nacionais têm cancelado seus voos e suspendido operações por até dois meses. Uma forma de mudar isto é o suporte financeiro que o governo da China está prometendo àquelas que mantenham suas operações em meio a epidemia.
Para se ter uma noção, o governo de Beijing dará US$ 0,0025 para cada ASK (Capacidade – Número de Assentos por Quilômetro Voado) em rotas compartilhadas por mais de uma companhia e o valor de US$ 0,0076 para cada ASK que estiver disponível em rotas operadas exclusivamente por uma transportadora. Este e mais subsídios estarão disponíveis para voos entre 23 de janeiro e 30 de junho.
A Reuters fez um cálculo utilizando como exemplo as operações da British Airways, que cancelou seus voos para a China entre os dias 10 de fevereiro e 31 de março. Se a companhia resolvesse receber o subsídio para continuar operando, ganharia uma média de US$ 7.200 por cada voo de Londres para Beijing com 100% de ocupação.
Companhias aptas ao suporte financeiro poderão fazer seus pedidos à Administração de Aviação Civil da China (CAAC) antes do dia 7 de cada mês, fornecendo detalhes de cada rota, aeronaves utilizadas, lista de inventários, ASKs disponíveis, custos relatados, dados futuros de operação e, em caso de companhias internacionais, devem enviar “informações específicas sobre contas bancárias para receberem seus suportes e reembolsos”.
*Fonte: mercado&eventos; Foto: Aeroporto de Beijing, China (Divulgação)
