Entidades se movimentam para que bares e restaurantes não sejam fechados na Bahia

Por Nelson Rocha

As entidades sindicais que representam a categoria econômica e a classe trabalhadora dos segmentos de Hotelaria, Bares e Restaurantes do Estado da Bahia e da Cidade do Salvador, com 400 Hotéis e 6 mil Bares e Restaurantes, geradoras de 20% do PIB da capital baiana, em face os inevitáveis e já sentidos impactos em decorrência da pandemia pela disseminação do Covid-19, requereram, através de ofícios enviados nesta quarta-feira, 18,  ao Governador do Estado, Rui Costa, e ao Prefeito de Salvador, ACM Neto, urgentes providências no sentido de que sejam adotadas medidas concretas para socorrer o setor, visando, primordialmente, a manutenção da atividade econômica.

O movimento de turistas no Centro Histórico de Salvador, já não é o mesmo registrado ao longo do verão. Foto: Nelson Rocha/Portal e Revista Turismo Total.

 

 “A situação é de calamidade, falência de pequenos e médios empresários. Todos nós vamos ficar sem capital de giro para liquidar nossas contas. Nós vamos seguir as orientações das secretarias de saúde, dos governos municipais e estaduais, mas eu espero que não chegue a tanto, fechamento de bares e restaurantes”. A declaração é do presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte (SHRBS),  empresário do setor Silvio Pessoa da Silva Junior, ao Portal Turismo Total.

Entre os pleitos abordados em ofício assinado por Sílvio Pessoa e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Apart-Hotéis, Residence-Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Cidade do Salvador e de municípios da região metropolitana e outros destinos turísticos ( SINDHOTÉIS), Almir Pereira da Silva, estão a  solicitação de postergar o recolhimento do ISS e demais tributos, pelo prazo de 180 dias e, ao fim desse período, a possibilidade de parcelamento, sem multa, de tais valores, pelo prazo de seis meses;  desoneração tributária; adiamento dos prazos de entrega das declarações relativas aos tributos municipais; e implementação de outras políticas que possam compensar as inevitáveis perdas que se acumulam nesse momento.

Dirigentes de entidades de bares e restaurantes da capital baiana temem por prejuízos no setor. Foto: Divulgação 

Conforme Sílvio Pessoa, “hoje nós temos problemas muito mais sérios, em transporte público, ônibus, metrôs, que são verdadeiras latas de sardinhas, que não tem espaçamento mínimo, e isto é muito mais preocupante do que um restaurante ou um bar aberto. Eu espero que algumas medidas extremas não sejam tomadas em nossa capital, visto que os tempos serão dificílimos”, prevê.

Estado de emergência

Na tarde desta quarta-feira, 18, o prefeito ACM Neto anunciou estado de emergência em Salvador a partir desta quinta-feira, 19, determinando o fechamento de shopping centers, centros comerciais equivalentes e empreendimentos correlatos a partir de sábado, 21, pelo período de 15 dias, como forma de conter o avanço de casos de  coronavírus na primeira capital do Brasil. O Mercado Modelo e o Elevador Lacerda, equipamentos administrados pela Prefeitura, também terão as atividades interrompidas por tempo indeterminado a partir deste sábado.

ACM Neto informou que nesta quinta-feira (19) outras medidas serão anunciadas, inclusive em relação às praias, que poderão ser fechadas. “Essas medidas não significam férias. Ou seja, não adianta deixar de ir trabalhar ou estudar para se deslocar à praia. As pessoas devem ficar em casa, se proteger, cuidar da família. Precisamos do apoio de todos”, reforçou o prefeito.

 

 

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