Isolamento social na Bélgica é prolongado por mais oito semanas

A Bélgica vai prolongar as medidas de isolamento social durante mais oito semanas com o intuito de combater o afluxo de doentes às urgências hospitalares, devido ao surto do novo coronavírus.

A ministra da Saúde da Bélgica, Maggie de Block, afirmou que as medidas de isolamento social vão ser mantidas durante pelo menos mais oito semanas, numa entrevista ao jornal De Zondag, publicada no Domingo.

“Esta situação ainda será mantida pelo menos durante oito semanas”, referiu a ministra, sublinhando que esta medida se destina a gerir o afluxo de doentes às urgências hospitalares e a baixar a curva da contaminação.

“O que pedimos às pessoas não é fácil, temos de ajustar os nossos hábitos quotidianos. Mas não há alternativa”, referiu De Block.

Desde o dia 17 de Março que os residentes na Bélgica só podem sair de casa para comprar comida, ir ao médico ou assistir pessoas com necessidades.

É permitida a ida ao cabeleireiro, desde que seja uma pessoa de cada vez, e a prática de exercício físico no exterior, no máximo a dois e em regime de coabitação, respeitando a distância mínima de 1,5 metros das outras pessoas.

As escolas e universidades estão fechadas e a maior parte dos trabalhadores estão em regime de teletrabalho, incluindo os funcionários das instituições da União Europeia.

Segundo os números mais recentes, hoje divulgados, foram registados 3.401 casos da covid-19, com 75 mortes e 340 doentes já recuperados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de Dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 1.720 mortos em 28.572 infecções, o Irão, com 1.685 mortes num total de 22.638 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

(PressTUR com Agência Lusa)

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