Mês da Dança tem aniversário do BTCA e série de espetáculos na internet

No dia 1º de abril, mês em que se marca o Dia Internacional da Dança (29 de abril), o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) celebra mais um aniversário. Criada em 1981, a companhia oficial de dança da Bahia, corpo artístico estável mantido pelo Teatro Castro Alves (TCA), Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA), chega aos seus 39 anos.

Com a programação presencial suspensa por conta das medidas para enfrentamento da Covid-19 (Coronavírus), o grupo adia as comemorações em espetáculos ao vivo, mas resgata e exibe na internet coreografias e videodanças de seu vasto repertório, dentro da série #BTCAplay, nas redes sociais do BTCA, no Facebook e Instagram (@btca.oficial), sempre às quartas e sextas-feiras, das 10h à 0h. A estreia do projeto ocorre no próprio dia 1º, com a disponibilização da íntegra de “A quem possa interessar” (2010), coreografia de Henrique Rodovalho.

Na lista de espetáculos do #BTCAplay, às quartas-feiras, haverá, no dia 8 de abril, “Essa tempestade” (2012), coreografia de Cláudio Bernardo; nos dias 15, 22 e 29, serão peças integrantes do projeto “Endogenias” (2016): “Dê Lírios”, de Tutto Gomes; “Generxs”, de Leandro de Oliveira; e “Youkali”, de Konstanze Mello, respectivamente. Na seleção de videodanças, às sextas-feiras, serão exibidos “Kick on taish too” (2014), de Alex Soares e idealização de Luiza Meireles, no dia 3; “Sob rasura” (2014), da mesma dupla de artistas, no dia 17; e “Voyeur do movimento: uma exposição de dança” (2016), concepção de Antrifo Sanches, Dina Tourinho, Evandro Macedo, Licia Morais e Paullo Fonseca, no dia 24.

Companhia lança o projeto #BTCAplay para exibir online espetáculos de seu repertório durante a quarentena. Foto: Isabel Gouvêa

 

“Um aniversário de 39 anos fica sempre como uma preparação para a chegada dos 40. Tínhamos planejado uma programação de comemoração que teve de ser interrompida por conta da situação mundial que estamos atravessando. Essa reclusão, no entanto, também tem sido produtiva, porque o que eu penso que alimenta o BTCA ao longo desses anos é a sua capacidade de se reinventar”, pondera Wanderley Meira, diretor artístico do BTCA desde abril do ano passado. “Recebemos, este ano, oito novos bailarinos, e nossa comemoração será revendo a nossa história, revisitando nossa memória, para que os novos possam chegar com seus assuntos e os veteranos não esqueçam a potência que eles são”, completa Meira.

O BTCA é a primeira companhia pública de dança do Norte e Nordeste e a quinta companhia de dança no Brasil. Referência na dança moderna e contemporânea, conta com mais de 90 montagens de importantes coreógrafos, como Antônio Carlos Cardoso, Victor Navarro, Carlos Moraes, Cláudio Bernardo, Guilherme Botelho, Henrique Rodovalho, Ismael Ivo, Lia Robatto, Luis Arrieta, Mario Nascimento, Oscar Araiz, Tíndaro Silvano e Tuca Pinheiro. Nos últimos 13 anos, o BTCA realizou mais de 450 apresentações alcançando um público de mais de 100 mil pessoas.

“Desde 2007, quando se estabeleceu no TCA uma Direção Artística que se volta também aos corpos artísticos, ao passo em que se instituía na Bahia a sua Secretaria de Cultura, a gestão destes grupos se alinha a políticas públicas que os fazem buscar não somente a qualidade artística, mas também a democratização de sua produção, a conexão máxima com a contemporaneidade e a ampliação do acesso aos diversos públicos”, resume Rose Lima, diretora artística do TCA. “A atuação do BTCA se compromete cada vez mais com uma troca ativa entre a companhia, a comunidade artística da Bahia, do Brasil e do mundo, os artistas em formação, as plateias cativas da dança e os novos públicos que são sempre desejados”, completa Rose.

Na história recente do BTCA, destacam-se a obra “Lub Dub” (2017), aclamada pelo público e considerada um dos 10 espetáculos de dança fundamentais daquele ano pela revista Bravo!, com coreografia do sul-coreano Jae Duk Kim; o projeto “Urbis in Motus” (2017), interação de performance, dança e vídeo; “Tamanho Único” (2018), conjunto de solos com temas livres criados por integrantes da companhia e por convidados externos: o coreógrafo Augusto Soledade (Brasil/Estados Unidos) e o pesquisador em dança Leo Serrano (Argentina); “CHAMA: Coreografia para artistas incendiárixs” (2018), dos coreógrafos Jorge Alencar e Neto Machado, uma obra argumentada pelo incêndio do Museu Nacional; e “A História do Soldado” (2019), da composição do russo Igor Stravinsky (1882-1971), a partir de texto do escritor suíço Charles-Ferdinand Ramuz (1878-1947), desenvolvido em parceria com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), numa releitura dramatúrgica com texto e direção de Wanderley Meira, coreografia de Jorge Silva e regência de Eduardo Torres.

Em 2019, foi impulsionado o investimento na circulação da companhia em cidades baianas para além de Salvador, a exemplo de Itabuna, Morro do Chapéu, Feira de Santana, Morro do Chapéu, Igaporã e Vitória da Conquista, bem como as primeiras apresentações internacionais de “Lub Dub”, na Colômbia – na capital Bogotá, dentro da Mostra Brasileira de Dança, e na cidade de Cali, onde integrou a 4ª Bienal de Danza de Cali.

“Dança é comunicação fundamental, diz respeito ao corpo. Enquanto linguagem, não reconhece fronteiras, pois fala para o mundo. A história da dança cênica produzida na Bahia tem no Balé Teatro Castro Alves um corpo que é, ao mesmo tempo, seu fruto e sua semente”, reflete Renata Dias, diretora geral da Funceb. “Que este ciclo rumo a quatro décadas de movimento possa celebrar um tempo de reflexão sobre a complexidade das experiências humanas, tão diversas entre si, mas todas marcadas pela fome de criar”, vislumbra Renata.

#BTCAplay

  • 1º de abril (qua): “A quem possa interessar” (2010), de Henrique Rodovalho
  • 3 de abril (sex): “Kick on taish too” (2014), de Alex Soares e Luiza Meireles
  • 8 de abril (qua): “Essa tempestade” (2012), de Cláudio Bernardo
  • 15 de abril (qua): “Dê Lírios” (2016), de Tutto Gomes
  • 17 de abril (sex): “Sob rasura” (2014), de Alex Soares e Luiza Meireles
  • 22 de abril (qua): “Generxs” (2016), de Leandro de Oliveira
  • 24 de abril (sex): “Voyeur do movimento: uma exposição de dança” (2016), de Antrifo Sanches, Dina Tourinho, Evandro Macedo, Licia Morais e Paullo Fonseca
  • 29 de abril (qua): “Youkali” (2016), de Konstanze Mello

Exibição através das redes sociais do BTCA (Facebook e Instagram):

www.facebook.com/btca.oficial

www.instagram.com/btca.oficial

Sempre disponíveis das 10h à 0h

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