Por Janize Colaço
Para quem gosta de história, arquitetura ou de um bom conto de fadas, a pequena cidade de Les Baux, no sul da França, pode ser uma ótima opção de destinos.
Com uma fundação incerta, que remete ao século dez, o vilarejo parece ter parado no tempo, ainda na Idade Média, sobretudo por conta de suas construções e ruínas.
A cidade é caracterizada por suas vielas estreitas e ruas que começam e terminam a partir de edifícios. Passear de carro, aliás, é um desafio que a prefeitura não recomenda. Ao todo, menos de 500 habitantes ainda vivem na cidade, que se dedicam ao comércio e ao turismo como principais fontes de renda.
De acordo com as autoridades locais, a construção do vilarejo teve início durante o feudalismo, quando quem dominava a região era a família Les Baux – o que deu origem ao nome da comuna. A linhagem da família, aliás, era uma das mais poderosas e líderes da região de Provence. No entanto, em 1483, quando a última integrante da família faleceu, Luís 11, rei da França, ordenou a demolição da fortaleza, pouco tempo depois de já ter anexado a região em seu reinado.
Apesar da forte relação com a história, a cidade também é caracterizada por sua formação rochosa. A bauxita, mineral metálico de cor vermelha, foi descoberta na cidade, em 1821. A caverna onde era feita a extração ficou por muitos anos abandonada, até que na década de 1960 um cineasta francês usou o local como cenário de um dos seus filmes.
Desde a década de 1970, porém, o local passou a ser palco de espetáculos visuais. Com projeções que podem chegar a 14 metros de altura, as Carrières de Lumières reúnem por temporada obras de importantes artistas, que vão do renascimento à modernidade.
Além do visual, as projeções contam com um reportório musical bastante diverso, que se inicia com Carmina Burana, do compositor alemão Carl Orff, e fecha a apresentação ao som de Starway to heaven, do Led Zeppelin.
Na temporada deste ano, que teve início em 4 de março, e irá se estender até 7 de janeiro, a exposição contempla as obras do artista renascentista Hieronymus Bosch. Fonte: Panrotas