Reino Unido mantém confinamento para evitar novo pico do coronavírus

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson, do Reino Unido, pediu hoje (27) que os britânicos “contenham a impaciência” e defendeu a manutenção do confinamento em vigor para evitar uma segunda onda de infecções da covid-19.

“Temos de reconhecer o risco de um segundo pico, o risco de perder o controlo deste vírus e deixar que a taxa de contágio volte a subir. Porque isso significaria não só uma nova vaga de mortes e doença, mas um desastre econômico”, justificou.

De Londres, o Primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que voltou ao trabalho hoje, pediu para os britânicos ficarem em casa. Foto: Estação de Metro/Crédito: France Press.

 

Boris Johnson falou na porta da residência oficial, em Downing Street, para onde regressou no domingo após duas semanas fora de Londres se recuperando da infecção com o coronavírus.

O primeiro-ministro voltou hoje ao trabalho, apenas dois dias após o país ter se tornado o quinto a ultrapassar a barreira das 20 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus, depois dos Estados Unidos, Itália, Espanha e França.

De acordo com o balanço de domingo do Ministério da Saúde britânico, o Reino Unido registrou 20.732 óbitos durante a pandemia covid-19. O número total de casos de contágio é agora de 152.840.

Governo sob pressão

O governo está sob pressão crescente de políticos conservadores para aliviar as medidas de distanciamento social por causa da preocupação com o impacto na economia, e também dos partidos da oposição para publicar o plano para o desconfinamento.

O executivo tem sido também criticado devido aos problemas em multiplicar a capacidade de testagem, em providenciar equipamento de proteção para os profissionais de saúde e em assistir os lares de idosos.

Johnson, de 55 anos, passou uma semana no Hospital St. Thomas, em Londres, incluindo três noites em cuidados intensivos, onde recebeu oxigênio e necessitou de vigilância médica permanente.

Depois de receber alta no dia 12 de abril, o primeiro-ministro gravou uma mensagem de vídeo em que reconheceu que esteve em risco de vida, agradecendo aos profissionais de saúde que o assistiram.

Segundo um balanço, a pandemia já provocou mais de 204 mil mortos e infectou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

*Fonte: Agência Brasil, com informações da RTP, emissora pública de televisão de Portugal

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *