A indústria de viagens e turismo foi uma das que mais sofreu o impacto da pandemia provocada pelo covid-19, principalmente pela insegurança que exigiu o adiamento dos planos de viagens que já estavam programadas. Em comparação aos demais mercados, a retomada tardia do setor é uma das preocupações dos profissionais da área.
As medidas de segurança exigidas para os turistas perante à pandemia e o fechamento das fronteiras anunciado no mês de março por diferentes países, foram fatores decisivos para o alto número de cancelamentos e remarcações do setor. Com toda a razão, em um cenário ainda nebuloso, ninguém estava disposto a correr riscos e ficar em casa se tornou essencial.
Esta instabilidade trouxe imensa preocupação para o mercado de viagens, que em 2018, foi responsável por 8,1% do PIB Brasil, segundo dados da Web World Travel & Tourism Council. A grande representatividade do setor de turismo, que inclui aéreos, serviços, hospedagens, transportes, locação e diversos outros micro-nichos, mostram a importância da valorização deste mercado para um equilíbrio econômico e maior distribuição de renda pelos territórios do País.
Neste estudo recente desenvolvido pela FGV Projetos que detalhamos a seguir, mostramos o impacto do coronavírus no setor de viagens nacionais e como ele poderá interferir o mercado nos próximos semestres.
O estudo, publicado no dia 19 de abril, começa mostrando a mudança no cenário promissor que estava em andamento. O relatório conclui que os valores de receita só atingirão os mesmos níveis de 2019, entre os meses de setembro e dezembro de 2021, agravando a perda para o setor e consequentemente para o Brasil.
“As perdas econômicas, em comparação ao PIB do setor em 2019, irão totalizar R$ 116,7 bilhões no biênio 2020-2021, o que representa perda de 21,5% na produção total do período”, conforme publicado no estudo.
O relatório completo Impacto Econômico do COVID-19: Propostas para o Turismo Brasileiro, pode ser acessado na página da FGV Projetos.
Fonte: Guia Viajar Melhor