O Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores, Equipamentos e Bens Móveis do Estado do Paraná, através de representante na Bahia, enviou para a Redação do Portal Turismo Total comunicado público de esclarecimento sobre decreto presidencial, com solicitação de divulgação sem custo, aqui publicado na íntegra. Confira:
“Com relação à reportagem “Decreto de Bolsonaro beneficia empresa de Salim Mattar” publicada na Folha de São Paulo em 04/05/2020, temos a ponderar e esclarecer:
O Decreto que incluiu as locadoras de veículos como atividades essenciais atendeu a um pedido de toda a categoria que, conforme a matéria indicou, contempla mais de 10.800 empresas de todos os tamanhos distribuídas por todo o país.
Por certo a Localiza é a maior delas no país, mas é apenas mais uma que, como as outras, vem sendo impactada pelos problemas socioeconômicos do Corona vírus.
O que a reportagem não percebeu é que as locadoras de veículos não alugam veículos apenas para pessoas físicas utilizarem em viagens de lazer ou negócios, que por óbvio estão paralisadas, ou para aplicativos de transporte cuja demanda despencou.
Nosso setor é responsável pela operação de milhares de veículos que estão à disposição de empresas públicas e privadas de diversos ramos de atividade que não podem parar como supermercados, farmácias, hospitais, distribuição de alimentos e combustível, manutenção de equipamentos, telefonia, energia, água e saneamento, defesa civil, segurança pública, e tantos outros que precisam estar em funcionamento para manter o nível mínimo de atividades necessárias a subsistência da sociedade organizada como um todo.
As locadoras em seus contratos de fornecimento para essas empresas, chamados de terceirização de frota, são responsáveis pela gestão da manutenção dos veículos, bem como sua substituição durante a manutenção e em casos de acidentes, furto ou roubo.
Se as locadoras permanecessem fechadas como seriam substituídas ambulâncias locadas para hospitais? Como as empresas de energia e telefonia iriam manter seus funcionários trabalhando se os veículos não recebessem a manutenção que é gerenciada pelas locadoras? Como as empresas de manutenção de ar condicionado, refrigeradores, geradores e equipamentos médicos que possuem carros locados fariam para enviar seus técnicos até hospitais e supermercados? Como as empresas de água e saneamento poderiam deslocar as equipes de atendimento para atender rompimentos de adutoras? Vários estados terceirizam sua frota de polícia militar para locadoras que, fechadas, estavam impedidas de cumprir seus contratos e manter as viaturas operacionais.
Certamente sem as locadoras funcionando em breve o caos estaria aumentando principalmente nos grandes centros.
Assim, creditar que o decreto foi editado apenas e exclusivamente para beneficiar um acionista, de uma das 10.800 empresas locadoras de veículos atuantes no país, porque ele está trabalhando para o governo federal não é lógico nem razoável.
Aliás, diga-se de passagem, a terceirização de frota nem é o principal negócio da Localiza”.
Michel E. C. Barbosa Lima
Presidente do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores, Equipamentos e Bens Móveis do Estado do Paraná
*Foto: Divulgação